Corte no orçamento para treinamento de atletas militares poderá ser revisto

Investir em treinamento e formação de atletas de carreira, sejam eles militares ou não, faz a diferença na hora da obtenção de resultados em Jogos Olímpicos. Essa foi a principal lição que os organizadores dos 5° Jogos Mundiais Militares, realizados em julho no Rio de janeiro, apontaram durante audiência pública, realizada pela Comissão de Turismo e Desporto nessa terça-feira (16). O Brasil, que esperava ficar entre os três primeiros colocados, foi campeão, à frente da China e da Itália, com um total de 114 medalhas, sendo 45 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze.
16/08/2011 19h50

Akimi Watanabe

Corte no orçamento para treinamento de atletas militares poderá ser revisto

Audiência pública da CTD fez um balanço do 5º Jogos Mundiais Militares

Os investimentos nos atletas de carreira militar, entretanto, estão ameaçados pelo corte do orçamento no Ministério da Defesa, conforme deixou claro o Vice-Almirante Bernardo José Pieratoni Gambôa, Presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil. "Nosso orçamento inicial previa cerca de R$ 9 milhões para esse fim e o Executivo fez um corte de quase R$ 7 milhões", contou Gambôa, acrescentando que o aprimoramento dos atletas de carreira aumenta o índice de medalhas conquistadas. Dos 277 atletas que fizeram parte da delegação brasileira na competição, 67 eram atletas de carreira.

Ex-desportistas como os deputados Romário (PSB-RJ) e Acelino Popó (PRB-BA), e o autor do requerimento para realização da audiência pública, deputado Renan Filho (PMDB-AL) e os deputados Carlaile Pedrosa (PSDB-MG) e Luci Choinack (PT-SC), com o aval do presidente da CTD, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), se dispuseram a enviar ao Ministério de Orçamento, Gestão e Planejamento, um requerimento de indicação para que o corte seja revisto.

O Coordenador Geral dos 5° JMM, General de Brigada Jamil Megid Júnior, ressaltou que os resultados e metas do evento foram alcançados porque havia "um projeto executivo bem delineado, com prazos adequados, permitindo, inclusive, não ultrapassar os gastos previstos".

Renan Filho, que propôs a audiência, manifestou sua satisfação "não só com o resultado final da competição, mas também pela demonstração de confiança de que o Brasil já tem capacidade de organizar grandes eventos esportivos".


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