O deputado José Mário Schreiner (DEM/GO) concorda com a elaboração de um projeto de lei que regularize essas questões. Para ele, é importante envolver o turismo no trabalho rural: “sem dúvida nenhuma é um avanço muito grande”, observou.

Nelson de Andrade Júnior, assessor do Ministério da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enfatizou os benefícios da prática do turismo rural para a agricultura familiar. Em sua fala, citou o estabelecimento de micro e pequenos negócios no meio rural, o intercâmbio cultural e a geração de renda para o pequeno agricultor.

O coordenador-geral de Produtos Turísticos do Ministério do Turismo, Cristiano Borges, destacou a importância de enxergar e preparar o turismo rural como um produto a ser consumido. Segundo ele, o agricultor pode oferecer hospedagem, produtos agrícolas para compra e visita à produção, além do lazer: “o que motiva alguém a realizar esse tipo de viagem é o vínculo com as coisas da terra”.

Durante o debate também foram mencionados alguns entraves legais que dificultam o desenvolvimento do turismo rural. Entre eles, estão a legalização fundiária e a falta de crédito financeiro. Segundo o representante do Sindicato de Turismo Rural e Ecológico do DF, Sr. Fragmar Diniz, “isso desestimula que o pequeno produtor use a terra em benefício de sua família e da sociedade”.

A deputada Aline Sleutjes (PSL/PR) apontou a importância de vender o agro brasileiro: “precisamos dar condição do produtor agregar à sua propriedade mais essa renda, se nós queremos que o povo fique bem no interior, eles precisam viver bem no interior”. Evair Vieira de Melo (PP/ES) também citou o desenvolvimento e a infraestrutura necessários no segmento, que envolve tradição, cultura e os recursos naturais brasileiros. “No turismo rural, precisamos de menos excursionistas e mais turistas, precisamos daqueles que se hospedam”, comentou o deputado.