Audiência pública discute recategorização da Reserva Biológica de Tinguá para Parque Nacional
Uma das diferenças entres as duas categorizações é a maior quantidade de visita turística em parques nacionais, uma vez que reservas biológicas são destinadas à preservação e recebe um número menor visitantes.
O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Turismo e Agricultura de Nova Iguaçu (RJ), Fernando Gomes Cid, defendeu a recategorização. Segundo ele, com uma adequada visão ambiental, ecológica e social será possível atrair investimentos públicos e privados para a região
Em contrapartida, Ricardo Portugal, do Movimento Baía Viva, foi favorável à proteção dos 24 mil hectares de mata atlântica distribuídos em quatro municípios cariocas. Ele citou que já existem outros parques nacionais na região para o turismo e enfatizou as possibilidades de visitação à reserva de Tinguá para conhecimento do bioma: “é possível entrar mediante pedido de autorização à direção da Reserva, mas não é uma visitação turística, é uma visitação com um olhar de integração ao meio ambiente”.
Rogério Lisboa, prefeito de Nova Iguaçu, comentou as ações de empresas que utilizam mananciais de água presentes em Tinguá para ganho de lucro, mas não investem na região. “O dever deles é investir no lugar de onde eles tiram faturamento”, afirmou.
Ao fim da audiência, o deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr. enfatizou a relevância do debate sobre a recategorização. “Despertar a discussão sobre a importância da reserva tira todos nós de uma zona de conforto. Esse debate traz à Tinguá um protagonismo que ela precisa ter, pois representa o principal bioma do Rio de Janeiro”, pontuou.
Também participaram da audiência o vereador de Nova Iguaçu, Carlos Ribeiro da Silva; Anderson Benac, da ONG Rio Ambiental; os deputados Gelson Azevedo (PL/RJ), Lourival Gomes (PSL/RJ), Glauber Braga (PSOL/RJ) e a deputada Talíria Petrone (PSOL/RJ).