Copa: CBF quer doze cidades como sedes
A quatro meses do anúncio oficial das cidades brasileiras que vão sediar a Copa do Mundo de 2014, o principal esforço de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, junto à Fifa é pela escolha de doze cidades para abrigar o evento, e não apenas oito, como de costume. Teixeira falou nesta terça-feira a jornalistas da Editora Abril sobre os preparativos para a Copa de 2014 e sobre o modelo de gestão adotado pelo Comitê Organizador do evento no país.
Segundo ele, seus principais argumentos para convencer o comitê responsável pela escolha das cidades são o tamanho do Brasil e também o fato de a Alemanha ter conseguido permissão para ter doze cidades sediando a Copa do Mundo de futebol feminino em 2011.
Teixeira acredita que estados como o Amazonas e a região do Pantanal, no Mato Grosso, não podem deixar de abrigar jogos da Copa, tendo em vista sua importância para o turismo no país. O presidente da CBF, que também preside o Comitê Organizador da Copa no Brasil, afirma que está "otimista" em relação à escolha das doze cidades, e que a realização do evento em pelo menos dez já é certa.
Sobre os preparativos para a Copa, Teixeira lembrou que o Comitê brasileiro é o primeiro na história a apresentar à Fifa um orçamento completo do evento com sete anos de antecedência — serão gastos 500 milhões de dólares somente com os custos operacionais da Copa. Esse dinheiro será disponibilizado pela Fifa.
O modelo de gestão adotado pelo Comitê Organizador mantém uma organização independente dos governos e da CBF. A ação visa evitar que questões políticas interfiram na realização da Copa. Cabe ao governo realizar os investimentos em infra-estrutura já previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Copa do Mundo vai apenas adiantar a realização de obras que aconteceriam de qualquer forma, disse Teixeira.
A principal função do Comitê Organizador será, portanto, a de fiscalizar o cumprimento de prazos e metas, sem interferir nas licitações de obras ou escolher os fornecedores estatais. O prazo para que as obras sejam iniciadas, aliás, é janeiro de 2010. "A Fifa não vai deixar que comecemos nada antes de 2010 para não ofuscar a Copa da África do Sul", afirmou Teixeira. Caso o cronograma do evento seja cumprido, o Brasil já deverá ter entregue todos os estádios em plena condição de uso em dezembro de 2012.
Até lá, o país já deverá ter construídas cinco arenas multiuso, que são a preferência da Fifa ao invés do modelo tradicional de estádio. A verba para isso, segundo Teixeira, deverá sair sobretudo da iniciativa privada. O presidente da CBF lembrou, ainda, que um dos principais desafios para a realização da Copa é a baixa capacidade dos aeroportos brasileiros. "Os aeroportos são nosso principal gargalo", completou. www.veja.abril.combr/noticia
Fonte: Veja