Ciclo Olímpico Brasileiro tem que deixar legados sócios educacionais

Mais importante do que participar ou vencer os jogos olímpicos é cumprir o ciclo olímpico com resultados positivos no sentido de deixar legados para a saúde e a educação, sintetizou o presidente do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, durante a reunião de audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto para debater o ciclo olímpico brasileiro, que teve início com o término das Olimpíadas de Londres e se encerrará após os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Ele enfatizou a importância de serem elaborados projetos esportivos que tragam benefícios à coletividade, defendendo a implementação de iniciativas que utilizem o esporte para formar o caráter dos jovens, melhorar a saúde da população e promover a paz entre os povos.
23/08/2012 12h31

Jorge Steinhilber disse ainda que certamente nos Brasil os jogos serão um espetáculo inesquecível e para tanto as transformações na cidade do Rio de Janeiro já iniciaram, seja na área da segurança, de desenvolvimento urbano, de construção das instalações e treinamentos de atletas. "Contudo, os legados intangíveis precisam ter a devida atenção, precisam ser programados e planejados para que a sociedade obtenha os legados relacionados à educação, formação cidadã e melhoria da qualidade de vida", acentuou, afirmando que o senso comum tende a ver os Jogos Olímpicos apenas como uma competição, mas o esporte vai muito além disso.
Para ele, nesse período do Ciclo Olímpico, deve-se introduzir, com ênfase, o movimento olímpico e a educação olímpica aproveitando o mega evento esportivo, ou seja, a realização dos jogos olímpicos e paraolímpicos no Brasil.
Segundo Steinhilber, desde o seu início, os Jogos, baseados no Ideal Olímpico do Barão Pierre de Coubertin, pretendiam que fossem enaltecidas a formação do caráter, e o desenvolvimento harmonioso do corpo da juventude bem como a promoção da paz entre os povos. Porém, ao decorrer do século XX com o desenvolvimento urbano-industrial, os Jogos Olímpicos Modernos passaram a ser objeto de inúmeros campos, sendo o campo econômico e o político os principais que se "apropriam" deste fenômeno.
Ele explicou que o Barão Pierre de Coubertin defendeu a criação de um órgão internacional que unificasse as diferentes disciplinas esportivas e que promovesse a realização, a cada quatro anos, de uma competição internacional entre atletas amadores, ampliando para os diversos países do mundo a experiência que já havia ocorrido na história do estado grego. No dia 23 de junho de 1894 formou-se o Comitê Olímpico Internacional e ficou decidido que os I Jogos Olímpicos da Era Moderna seriam celebrados em Atenas dois anos depois, em 1896.
Por sua vez, o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, disse que a criação da Autoridade Pública Olímpica (APO), um consórcio que envolve a União, o estado e o município do Rio de Janeiro e objetiva fazer um melhor gerenciamento das verbas destinadas à organização dos Jogos, foi a principal medida tomada pelo governo para evitar que seja repetido nos Jogos Olímpicos de 2016 o estouro orçamentário do Pan-Americano de 2007. No evento continental, o Poder Público gastou cerca de dez vezes mais do que o incialmente previsto. Ele disse ainda que em relação ao ciclo olímpico brasileiro, o ministério passou a contar com mais recursos para apoiar o esporte de alto rendimento, de acordo com a lei 12.395/2011 que estabelece critérios de desempenho e planejamento para o período.
Leyser acentuou que uma das metas do Ministério é tornar o Brasil uma das dez potências olímpicas e para alcançar esse objetivo, o governo possui vários programas de incentivo à prática desportiva, como o Bolsa Atleta.
Respondendo ao questionamento do deputado Romário (PSB-RJ) com relação aos gastos dos Jogos Pan-Americanos, quando houve má utilização do dinheiro público, uma vez que o orçamento inicialmente previsto de R$ 400 milhões saltou para R$ 4 bilhões, o Secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser disse que este valor subiu por conta dos gastos com a segurança que precisou de reforço de R$ 600 milhões, o que permitiu deixar um legado muito importante nessa área para a cidade do Rio de Janeiro. Ele ponderou que para os Jogos Olímpicos, haverá uma melhor institucionalização da gestão orçamentária com a criação da Autoridade Olímpica Brasileira.
O deputado José Rocha (PR-BA) sugeriu que o Ministério do Esporte viabilize a construção de 27 centros olímpicos, um em cada capital de estado, o que significaria um salto muito grande rumo à olímpiada de 2016 e um legado muito importante para todo o país.
Durante a reunião de audiência pública, o presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado José Rocha (PR-BA), entregou um certificado aos participantes da caminhada, realizada na manhã da quarta-feira (22), para marcar o início do ciclo olímpico brasileiro, que será encerrado com os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
A caminhada de quatro quilômetros foi feita ao redor do Congresso Nacional e contou com a participação de entidades como o Conselho Federal de Educação Física (CFEF). O evento teve o apoio da Comissão de Turismo e Desporto da Frente Parlamentar da Atividade Física pelo Desenvolvimento Humano.
A audiência pública foi proposta pelos deputados João Arruda (PMDB-PR), Flávia Morais (PDT-GO), André Figueiredo (PDT-CE), Otavio Leite (PSDB-RJ) e José Rocha (PR-BA).

 

 

Luiz Paulo Pieri
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https://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes permanentes/ctd/informativos.html/InformativoRetrospectivaSemestral.pdf
https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/1627-comissdeturismoedesporto-decom-apostila_relat
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