A previsão de Caio Luiz de Carvalho baseia-se no fato de que a África do Sul, durante a Copa do Mundo deste ano, resultou no desembarque de menos de 450 mil turistas internacionais. Para ele, "a Copa de 2014, assim como os Jogos de 2016, devem ser aproveitados para estimular a captação de turistas intrarregionais no país". Caio observou que a América do Sul possui um contingente de 15 milhões de turistas que ainda preferem os destinos de longa distância a viajar pelo continente.

 

Em relação aos investimentos necessários para organizar o país para hospedar os dois megaeventos, Carvalho ressaltou que a palavra de ordem é planejamento. "Planejar é preciso, para que o país não amargue prejuízos semelhante aos da Grécia, que despende anualmente US$ 100 milhões para sustentar as arenas que foram projetadas e construídas para os Jogos de 2004 e que, hoje, encontram-se ociosas, tendo se transformado em elefantes brancos", salientou.

 

Sobre a importância turístico-econômica do jogo de abertura da Copa de 2014, o presidente da SPTuris disse que "sediar a partida inaugural do evento não é um bom negócio. É mais lucrativo receber um conjunto de seis jogos, porque a demanda pela primeira partida da competição será constituída de 70% de consumidores locais, implicando até mesmo prejuízo, na medida em que a cidade não será beneficiada pelo desembarque de turistas internacionais que injetam uma quantidade maior de dinheiro novo na economia".