Audiência pública discute endividamento de clubes de futebol
O presidente do Flamengo, Eduardo de Mello, destacou que apesar do momento difícil que estão vivendo os clubes de futebol, em função das altas dívidas, estes não querem anistia; pelo contrário, s querem pagá-las. No entanto, precisam de prazo para saldá-las: "Queremos apenas um alongamento do prazo. Isso não é nenhum tipo de vergonha para os clubes. É apenas uma readequação", garantiu.
Já o presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, assegurou durante a audiência que o seu clube já renegociou suas dívidas, e que tem conseguido, com muito esforço, cumprir com seus compromissos.
Para o presidente do Coritiba Foot Ball Club, que estava representando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Vilson Ribeiro Andrade, a situação dos clubes é complicada. "Temos uma dívida muito grande e precisamos de uma solução. E os clubes brasileiros têm a responsabilidade de resolver essa situação", asseverou.
Segundo Vilson Ribeiro, os clubes que não apresentarem certidões negativas de débito não poderão participar das competições. Essa afirmação gerou um caloroso debate entre os deputados e os convidados.
O presidente da CTD, deputado Valadares Filho (PSB-SE) destacou a importância de se aprofundar o debate sobre a questão das dívidas dos clubes de futebol. "O futebol é um esporte que mobiliza a emoção de milhões de brasileiros, e por isso temos de encontrar formas criativas para ajudar os clubes a sair desse impasse", disse.
Também participaram do debate o diretor do Departamento da Dívida Ativa da União da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Paulo Ricardo de Souza Cardos; Presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas; Eurico Miranda, representando a Federação de Futebol do Rio de Janeiro; consultor da ONU (Organização das Nações Unidas) na Copa e coordenador de projetos da Fundação Getulio Vargas, Pedro Trengrouse; Superintendente Nacional de Promoções e Eventos da Caixa Econômica Federal, Gerson Bordignon; e o Gerente Nacional de Produtos Lotéricos da Caixa Econômica Federal, Edilson Carrogi Ribeiro Vianna.