A partir desta segunda-feira, companhias podem oferecer qualquer percentual de desconto em vôos para América do Sul

SÃO PAULO - A partir desta segunda-feira (1º) as empresas aéreas têm liberdade, concedida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), para oferecer qualquer percentual de desconto nos preços de passagens para vôos entre o Brasil e os 12 países da América do Sul. Os demais países do continente já praticam a liberdade tarifária nos vôos internacionais.

Os descontos não são obrigatórios, e cabe a cada companhia decidir quais tarifas são convenientes, de acordo com sua política de vendas e promoções. A expectativa da Anac é que aumente a concorrência entre as empresas, estimulando a queda nos preços finais ao consumidor, principalmente durante a baixa temporada.

Para que as companhias aéreas tivessem tempo de se prepararem para as mudanças, a medida da Agência foi gradual. Em 1º de março foi autorizado desconto de até 50% no preço da passagem, aplicado sobre o valor de referência da Iata (sigla em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo). Em 1º de junho passou a vigorar o limite de 80% de desconto, e agora, não há mais limites de percentuais.

Integração

A liberação tarifária atende à recomendação do Conac (Conselho Nacional de Aviação) para que a Anac buscasse maior integração com a América do Sul, e é aplicada em um momento em que o Brasil também amplia a possibilidade de vôos para o continente. Os recentes acordos bilaterais renegociados pela Anac com países sul-americanos avançam no sentido dessa integração.

Em 2007, após sete anos, os demais países da América do Sul voltaram a ser as localidades que mais recebem passageiros vindos de vôos com origem no Brasil, superando a Europa. No ano passado, mais de 2 milhões de pessoas viajaram do Brasil para os países da América do Sul, representando um crescimento de 20,5% em relação a 2006. Na última década, este crescimento foi de 52,7%.

Freqüências

Com a Venezuela, o número de vôos mistos (passageiros e carga) semanais de ida e volta aumentou de 14 para 21. Para o Peru, também em vôos mistos, foi eliminado o limite de 28 freqüências regionais e as companhias dos dois países podem estabelecer o número de vôos que desejarem, desde que não sobrecarregue a capacidade de infra-estrutura.

Além disso, saltou de 8 para 22 o número de vôos semanais com escala no Peru permitidos entre o Brasil e outros continentes, e outras 21 freqüências serão acrescentadas nesta modalidade até 2012. A ampliação de freqüências representa um aumento na capacidade, porém a realização dos vôos depende do interesse e da estratégia de cada companhia aérea.

Fonte: InfoMoney