Aeroportos das 12 cidades-sedes terão capacidade adequada para Copa 2014, diz presidente da Infraero

O presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale, afirmou nesta quarta-feira (1º) , durante audiência púbica conjunta das comissões de Turismo e Desporto, Viação e Transporte e Defesa do Consumidor, que todos os aeroportos das cidades que sediarão a Copa de 2014 terão capacidade adequada ao movimento previsto de passageiros no evento. Para tanto, segundo ele, serão investidos R$ 5,6 bilhões. "Vemos no Brasil um aumento do fluxo de passageiros de mais de 10% ao ano, o que deve continuar nos próximos quatro anos. Mesmo com alguns terminais já estando em situação preocupante, acima de suas capacidades, teremos folga em 2014 em todos os casos", afirmou Matos.
01/06/2011 19h00

Akimi Watanabe

Aeroportos das 12 cidades-sedes terão capacidade adequada para Copa 2014, diz presidente da Infraero

Audiência pública conjunta sobre a situação dos aeroportos nacionais

Entre as principais obras, o presidente destacou a ampliação do embarque de passageiros do Aeroporto de Guarulhos com investimento de R$ 3,4 milhões, que terá 1,2 mil m² e aumentará, em julho de 2011, a capacidade em 1 milhão de passageiros por ano.

No aeroporto de Campinas, a construção de um espaço para check-in de passageiros, orçado em R$ 5,0 milhões, elevando a capacidade em 2,5 milhões de passageiros/ano, em julho de 2011.

Em Cuiabá, R$ 2,2 milhões deverão proporcionar um aumento de Capacidade: 0,8 milhões de passageiros/ano com obras dedicadas ao desembarque dos passageiros, com conclusão prevista para novembro deste ano.

Concessões

Já o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt de Oliveira disse durante a audiência que a concessão de aeroportos deve seguir o modelo bem-sucedido de capital misto de estatais como a Petrobras, Eletrobras e o Banco do Brasil. O governo federal já anunciou que os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos (estes dois últimos em São Paulo) serão explorados pela iniciativa privada, que terá 51% do capital, ficando 49% com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Segundo Wagner Bittencourt de Oliveira, o setor aeroportuário precisa trabalhar em conjunto para obter ganhos, principalmente na gestão dos aeroportos. "Vamos ter que fazer uma avaliação. O BNDES nos ajudará a definir qual o melhor modelo. Acredito que teremos uma gestão equilibrada", afirmou. "Será fundamental seguir modelos de sucesso de outras instituições. No setor de energia, temos a Eletrobrás e no de combustíveis, a Petrobras, além do Banco do Brasil, que é bem-sucedido em várias áreas."

Centros de governança

Para melhorar a gestão, Oliveira informou que serão implantados, em breve, em Guarulhos e Brasília, os chamados centros de governança. Esses postos serão montados com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero, Receita Federal, Polícia Federal e das companhias aéreas para buscar soluções para os problemas que ocorrem no dia a dia dos aeroportos. "Isso vai facilitar o ganho de gestão. Temos que fazer um trabalho conjunto ou vamos perder oportunidade de ter um setor como um dos primeiros do mundo."


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