Para Donizette, o ministro deixou claro que o Brasil tem condições de realizar uma boa Copa do Mundo "com sucesso". Donizete compartilha do otimismo do Ministro, mas acrescentou que a prerrogativa da Comissão é acompanhar e fiscalizar as ações do governo para que tudo seja feito com transparência. "Ao mesmo tempo, temos que colaborar com o que for necessário, inclusive com a aprovação de leis, para permitir o êxito da Copa de 2014", afirmou.

Segundo Donizette, a CTD vai reforçar este ano a realização dos fóruns legislativos nas 12 cidades que sediarão o Mundial de Futebol de 2014. "Esses encontros locais vão permitir colher informações detalhadas sobre o andamento das obras e reformas dos estádios e de infraestrutura", disse. Ele acrescentou que a maior preocupação com as obras para a Copa 2014 é com o legado que ficará nas cidades para a população em geral.

Em sua fala, o Ministro Orlando Silva, explicou os cinco eixos que vão pautar os trabalhos de sua pasta em 2011: programas sociais, infraestrutura esportiva, esporte de alto rendimento, futebol e grandes eventos esportivos (Copa 2014 e Olimpíadas 2016). De acordo com ele, o Brasil fará uma Copa "extraordinária" e ressaltou que o governo federal, naquilo que lhe couber, está empenhado em resolver todos os gargalos existentes.
Orlando Silva informou que, depois de sua visita à China, a presidente Dilma Roussef vai realizar reunião de "balanço" com os governadores e prefeitos das 12 cidades-sede e deve anunciar medidas práticas para resolução do funcionamento dos aeroportos. Quanto às obras dos estádios, Silva disse que este é assunto dos governos e dos municípios. "Ao governo federal cabe a autorização para abertura de crédito, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES". Sobre a Lei Geral da Copa, o ministro informou que até o final de abril o governo deve enviá-la ao Congresso para apreciação.

CPI

Questionado pelos deputados Silvio Costa (PTB-PE) e Anthony Garotinho (PR-RJ) sobre a proposta do parlamentar carioca de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Confederação Brasileira do Futebol (CBF) e o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, o ministro limitou-se a dizer que "CPI é assunto do Congresso Nacional" e negou qualquer pressão do governo para que parlamentares retirassem assinaturas do pedido.

Garotinho denuncia que Ricardo Teixeira é, junto com a CBF, sócio do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, e que teria direito aos lucros da instituição. Para o ministro do Esporte, a gestão do COL depende da Fifa e não do governo federal.

O ministro também descartou o uso de dinheiro público nas obras dos estádios e afirmou que o governo federal não tem interesse em ser avalista de nenhum estádio no Brasil. "Isso é um assunto das prefeituras e dos governos estaduais", assegurou.

Já o deputado Acelino Popó (PRB-BA), em sua intervenção durante a audiência, elogiou a política do ministério para esportes de alto rendimento e fez uma comparação: "cheguei a viajar 36 horas de ônibus para competir, enquanto que hoje, o meu sobrinho, viaja de avião".

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