Violência contra jornalistas é tema de audiência na CTASP
A representante do Sr. Ricardo Patah, Presidente da Secretaria da Criança e do Adolescente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Secretária Rumiko Tanaka, ressaltou a importância do jornalista para a sociedade e reivindicou uma legislação específica para a proteção desses profissionais: “A profissão é de fundamental importância para informar a população. Nós entendemos que graças a esses profissionais nós sabemos dos verdadeiros fatos. Precisamos de leis que protejam esses profissionais da comunicação”. Tanaka comentou ainda que, às vezes, a polícia é a culpada da violência. “Precisamos ver como atuam esses profissionais.”
O Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), José Augusto De Oliveira Camargo, apresentou relatório de junho de 2013 realizado pelo sindicato em que constam a cronologia dos fatos de violência contra os profissionais de comunicação, notas e ofícios que o sindicatos enviou às autoridades, entrevista com Sérgio Silas, repórter fotográfico atingido no olho por bala de borracha, ficando cego, além de lista de jornalistas atingidos. “O alvo da violência é a liberdade de expressão e liberdade de imprensa. A violência contra jornalistas tem aumentado. Remontou a perseguição na década de 70”, contou ele ao mostrar capa da revista Unidade, do sindicato, em 1975, em que continha a cobertura da morte do jornalista Vladmir Herzog. O presidente citou ainda o caso do jornalista Alex Silveira, que ficou cego após ser atingido por bala de borracha em 2000, e defendeu uma reforma da política de segurança de Estado: “Precisamos discussão da desmilitarização da policia, consolidação de uma nova lei de imprensa, e, quando necessário, criar mecanismos para que não fique impune a violência contra os jornalistas”.
José Carlos Torves, Diretor de Relações Institucionais, representando a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembrou dados recentes: 25 jornalistas em São Paulo sofreram violência no último mês.
O fortalecimento do policiamento comunitário e a formação dos profissionais de segurança foram pontos levantados por Guilherme Leonardi, assessor da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. Ele ainda esclareceu: “O Ministério da Justiça não compartilha com qualquer forma de violência ou agressão, qualquer forma de abuso tem que ser reprimido. Não compactuamos com generalizações. A conduta de um mal profissional não deve macular a imagem das instituições e de outros profissionais.”