Formação dos cursos de Educação Física foi tema de debate no Ceará

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público-CTASP, atendendo requerimento de audiência pública do deputado Cabo Sabino (PR/CE), debateu no dia 2 de junho a licenciatura plena dos cursos de Educação Física e as suas intervenções no mercado de trabalho na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
07/06/2017 15h35

Formação dos cursos de Educação Física foi tema de debate no Ceará

Deputado Cabo Sabino e convidados

O debate foi promovido com o intuito de tratar da problemática da divisão do curso em duas vertentes: licenciatura e bacharelado, formal e não formal, surgida após portaria do Ministério da Educação de 2002, que entraria em vigor em 15.10 2005 e encerrava a licenciatura de atuação plena. No entanto, milhares de alunos ao se formarem receberam o diploma de licenciatura para atuação em educação básica, mesmo tendo cursado o currículo de licenciatura de atuação ampliada.

“Hoje estamos corrigindo isso. Algumas IES estão tendo resistência, mas aos poucos, tem-se construído junto com as instituições, os sindicatos dos profissionais de Educação Física e o Conselho Regional Estadual de Educação Física (Cref-5), o consenso para assegurar esse direito aos profissionais. No estado do Ceará, eu acredito que vamos conseguir beneficiar mais de 5 mil profissionais, os garantindo o direito à licenciatura de atuação plena”, pontuou o deputado.

Para o presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado do Ceará – Sinpef/CE, Rodrigo Alves esta segunda audiência já trouxe avanços, visto ter garantido o apostilamento de egressos de algumas IES. “Na realidade, consideramos essa segunda audiência como uma vitória, em conseqüência da primeira reunião realizada, o que prova que foi um sucesso. A partir de hoje vamos criar uma nova cultura dentro da Educação Física, de caminhar juntos como profissão, entidade. E até de forma política, que se conserte alguns erros do passado e ver na profissão algo novo, e pensar uma Educação física forte, independente de licenciatura ou bacharelado, mas que seja forte”, pontuou Rodrigo.

Segundo o professor Adriano Marcelo Tomaz, conselheiro do Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região, o Conselho Regional, não tem autonomia para deliberar sobre as resoluções, reconhecimento e autorização de cursos, competindo as responsabilidades, ao Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação. “Todavia, o Cref está presente, porque nós precisamos entender qual o posicionamento das Instituições, porque o resultado da formação delas acaba sobrecarregando o Cref com demandas de egressos que ao momento de se regulamentar para atuar na área da Educação Física e descobrem que há restrições”, afirmou. Encontro estadual e nacional devem ser realizados para discutir e ouvir os profissionais da Educação Física. Várias entidades e universidades participaram do encontro.

Ao finalizar a reunião, o deputado pontuou a eficácia da audiência, saudou a mobilização da categoria para fazer valer seus Direitos e, entendendo este ponto como solucionado, afirmou que “pelo que foi falado aqui hoje, a Educação Física tem muito mais demandas do que apenas o fato que é resolver a questão da licenciatura e a questão do bacharelado”, abrindo espaço para que ocorram novos diálogos entre diferentes agentes da categoria para tratar de outros temas sensíveis aos profissionais de Educação física.

 

Por com colaboração da assessoria dep. Cabo Sabino