Ivana Carolina

Nesta quarta-feira (15), será realizada a Audiência Pública para debater as denúncias relacionadas ao trabalho análogo ao escravo utilizado por fazendas produtoras de café no sul de Minas Gerais. A solicitação foi feita pelos deputados Padre João (PT/MG) e Erika Kokay (PT/DF) será realizada em conjunto pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e do Trabalho, Administração Pública e Serviço Público (CTASP).

De acordo com os autores do pedido, “duas das maiores empresas que comercializam o café, a Nestlé e a Jacobs Douwe Egberts, reconheceram que o trabalho escravo pode ter sido utilizado em sua cadeia produtiva, após terem recebido denúncia da organização dinamarquesa DanWatch” .

Eles dizem ainda que “as empresas responsáveis por Nescafé, Nespresso, Dolce Gusto, Senseo, entre outros produtos, reconhecem que não têm o total controle das condições de trabalho em toda cadeia produtiva”. Por isso, acreditam que é necessária a discussão sobre o assunto, além de “medidas para a prevenção dessa prática contrária à dignidade do trabalho”.

Foram convidados ao evento representantes do Ministério do Trabalho e Previdência Social, do Ministério Público do Trabalho, da Organização Internacional do Trabalho, Policia Federal, empresa certificadora de qualidade de café, articulação dos empregados rurais de Minas Gerais, além dos representantes das empresas envolvidas.