O CETEA tem capacidade de atender até 300 pessoas, a partir de um ano e seis meses até a idade adulta, e funciona como um laboratório de formação profissional e capacitação de equipes que irão prestar atendimento a autistas. O espaço aproveita também a produção científica e o acúmulo de experiências da sociedade civil sobre o tema, a exemplo do Projeto TEA, realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), sob coordenação da professora Flávia Marçal. Nele vai funcionar o primeiro Laboratório Profissional em Práticas com Evidências Científicas para o Autismo do Brasil.

O equipamento público entregue à população possui consultórios, salas de acolhimento e de espelho, e diversas terapias (ocupacional, fonoaudiologia, integração sensorial, atividades de lida diária, exercício e movimento), além de biblioteca e jardim sensorial. A atenção multidisciplinar proporcionada pelo CETEA pretende ser referência não somente na melhoria da qualidade de vida e no desenvolvimento de habilidades de autistas, como também na formação de profissionais dos 144 municípios paraenses, que poderão ir à capital e depois disseminar os conhecimentos adquiridos. Para ter acesso ao serviço, o usuário deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para solicitar avaliação e diagnóstico, o que permitirá o encaminhamento a um centro de referência como o CETEA, ou a outras unidades especializadas da rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Um deles é o Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (NATEA), cujas instalações foram visitadas à tarde pelas deputadas da SUBTEA, acompanhadas por vereadores e gestores locais da saúde, como a coordenadora estadual de políticas para o autismo, Nayara Barbalho. O núcleo é parte do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) e funciona desde 2021, ao lado Hospital Sarah Kubitschek de Belém.