O Programa é formado por médicos brasileiros e estrangeiros, e de médicos cubanos, cuja participação foi viabilizada por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). São mais de 11 mil médicos que estão atuando por meio deste acordo. O ministro destaca que este ano aumentou a participação de médicos brasileiros no Programa.

“Na expansão realizada este ano por meio de novo edital, foram disponibilizadas mais 4.146 vagas para médicos, e 92% delas foram preenchidas por médicos brasileiros, a maior adesão desses profissionais desde o início do Programa”, ressalta.

Chioro disse ainda que o Mais Médicos também prevê investimento na infraestrutura e formação profissional. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil UBS e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de 943 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de outras medidas como ampliação de 11.500 vagas nas faculdades de medicina.

Pesquisa

Arthur Chioro apresentou também os dados de uma pesquisa realizada com 14 mil pessoas que mostra que a qualidade da assistência à população melhorou com a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. As entrevistas para o estudo foram realizadas entre novembro e dezembro de 2014 em 699 municípios atendidos pela iniciativa por meio de parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Ipespe.

Do total de entrevistados, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Um índice de 87%  disse que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde,, 41% dos entrevistados citaram o aumento do número de consultas, 35% disseram que os médicos estão mais atenciosos e 8% destacaram que o tempo das consultas é maior.

Arthur Chioro informou ainda sobre outros programas a serem implantados, como o de atenção ambulatorial especializada através do Programa Mais Especialidades, com várias modalidades. Atualmente em fase de planejamento e levantamento de custos. De acordo com o ministro oftalmologia, cardiologia e ortopedia serão as primeiras áreas a serem atendidas. Além da ampliação de outras iniciativas como a Rede de Cuidado Integral à Saúde da Mulher, Rede de atenção Psicossocial e Rede Cegonha. E questões de saúde pública como tabagismo, acidentes, obesidade, combate às drogas, campanhas de vacinação e parcerias para fabricação de remédios.

Os deputados destacaram a presença do ministro na audiência pública e levantaram temas como programas de atenção à anemia falciforme, campanhas mais constantes, a situação das Santas Casas, a humanização do parto, a demora para cirurgias eletivas, falta de procedimentos pelo SUS, o custeio das unidades básicas de saúde, questionamentos sobre os gastos com o Programa Mais Médicos e a diminuição dos gastos do Governo Federal na saúde.

A Comissão de Seguridade Social e Família é presidida pelo deputado Antonio Brito (PTB-BA). A CFFC pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP) e a CREDN pela deputada Jô Moraes (PC do B-MG).

O ministro Arthur Chioro deve participar de uma Comissão Geral no dia 28 de maio.

Assessoria CSSF