Mãe relata tratamento do filho 'ex-autista' em livro e estimula o diagnóstico precoce
A Câmara dos Deputados promove nesta terça-feira (24) o lançamento do livro “O autismo tem cura?”, de Luciana Mendina, acompanhado de debate com especialistas. A publicação fala sobre o autismo sob o ponto de vista materno e propõe que o distúrbio tem cura em determinados casos. Para a autora, o diagnóstico precoce é o principal fator de reversão do quadro. O transtorno psicológico se caracteriza pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos.
O diálogo com os especialistas visa a propor a necessidade de prevenir o uso inadequado de psicofármacos em crianças e adolescentes, além de debater a eficácia do diagnóstico precoce do autismo. Foram convidados o psicanalista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA), Alfredo Jerusalinsky, o psiquiatra Luis Augusto Rohde, a psicanalista Inês Catão e Erika Parlato-Oliveira do Programa de Estudos e Pesquisas em Autismo da Universidade Federal de Minas Gerais (PREAUT/UFMG).
Livro: Bernardo era um menininho arredio, que girava lápis e canetas, lambia metais e se escondia no canto da sala até que começou a falar aos seis anos. A criança foi diagnosticada autista cinco anos antes, e submetida na mesma época a tratamentos psicoanalíticos por empenho da mãe, a servidora pública Luciana Medina. O Bernardo adolescente não lembra quase em nada o menino de anos atrás: fala, joga bola e vídeo-game, atividades “comuns” da idade.
“O autismo tem cura?”, de Luciana Mendina, relata a rotina do seu filho Bernardo. Além de narrar os percalços e conquistas nos últimos 15 anos, a autora dá conselhos aos pais para lidar com problemas emocionais que acarretam durante o tratamento de um filho autista. O livro é publicado pelo Instituto Langage e o prefácio é do Senador Cristovam Buarque.
Serviço
O que: Lançamento do livro “O Autismo tem Cura?”, de Luciana Mendina
Quando: 24 de novembro de 2015, das 16h às 19h
Onde: Espaço do Servidor da Câmara
Quem: Instituto Langage e Câmara dos Deputados