Frente das Santas Casas na Câmara alerta dívida de $ 22 bi dos centros filantrópicos em 2015

A Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas, revelou a estimada dívida de mais de R$ 22 bilhões dos hospitais filantrópicos para o ano de 2015, durante reunião ordinária desta terça-feira (04).
01/03/2011 13h30

Assessoria CSSF

Frente das Santas Casas na Câmara alerta dívida de $ 22 bi dos centros filantrópicos em 2015

O déficit é quase 1.222% superior à constatada há 10 anos, quando o mesmo débito era de R$ 1,8 bi. Para os parlamentares, a reavaliação da linha de financiamento e o aumento da receita para o custeio são as duas principais frentes de combate contra a grave crise financeira sofrida por tais entidades.

O presidente da Frente Parlamentar, Antônio Brito (PTB/BA), afirmou que grande parte da dívida é originada de impostos e multas bancárias por inadimplência. “Talvez, de fato, a saúde suplementar e a atuação da comunidade sejam o grande financiador além do governo federal, estadual e municípios. Porque a dívida do SUS (Sistema Único de Saúde) é passada para os fornecedores e a rede do setor produtivo acumula a defasagem que o SUS está tendo em nível nacional”, declarou o deputado.

A reunião contou com 263 representantes de federações de santa casa da misericórdia e hospitais filantrópicos espalhados pelo Brasil, que apresentaram o movimento Dia D Nacional em Defesa da Saúde. Houve, também, a presença dos presidentes das frentes parlamentares de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará, além de 45 deputados e uma senadora.

 

Hospitais filantrópicos em déficit

Longe da ideia de má gestão das Santas Casas, os parlamentares se apoiam no quadro de subfinanciamento como o principal motivo de déficit econômico destas unidades de saúde. Enquanto, por ano, os custos com o SUS destes centros são orçados em R$ 24,7 bi, somente R$ 14 bi são repassados para os centros filantrópicos, segundo levantamento da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB).

Na pauta da reunião ordinária, os deputados ainda trataram da linha de financiamento BNDES Saúde e a necessidade de reabrir o Programa de Fortalecimento das Santas Casas (Prosus). Tal programa do governo federal estipula um prazo de 15 anos para a quitação dos débitos das instituições que aderirem.