De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 60% dos tipos de câncer necessitam da radioterapia como auxilio ao tratamento. Thiago Rodrigues Santos, diretor do departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do Ministério da Saúde é o responsável pelo Plano. Ele disse que o objetivo é ampliar o acesso ao tratamento, integralizá-lo num mesmo local, otimizar a utilização dos recursos humanos, cobrir os vazios assistenciais, otimizar a aplicação dos recursos e contextualizar compras públicas.

Ele explicou que para isso, o Ministério conta com um Comitê Executivo e um Comitê Gestor. “Existe um gargalo com relação ao acompanhamento do Plano, em relação à parte documental, mas estamos aprendendo e melhorando os processos”, disse Thiago.

Humberto Izidoro, presidente da empresa Varian América Latina fez um alerta sobre as mortes causadas por câncer. “A medicina está trabalhando com tecnologia de ponta para tratar cânceres difíceis, como o de fígado. Mas, há pessoas com câncer de mama morrendo porque não têm atendimento”, disse. Ele falou sobre o hipofracionamento, uma técnica de tratamento que entrega mais dozes em menos sessões de radioterapia. “Temos filas enormes e estamos trabalhando com o Ministério e com o Legislativo para salvar vidas”.

Os deputados discutiram sobre a meta de atender e tratar os pacientes com câncer num prazo de 60 dias, sobre prioridade de locais que possam receber os equipamentos, sobre equipamentos que seriam destinados e ainda não foram e sobre as filas crescentes de pacientes.