Os serviços de saúde pública na cidade de João Pessoa foram tema de audiência pública conjunta com a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta segunda-feira (19). O evento ocorreu no auditório do Ministério Público Estadual e contou com a participação de comitiva da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF): o presidente Antônio Brito (PTB-BA), Madetta (DEM-MS), André Fufuca (PEN-MA) e Odorico Monteiro (PT-CE).

Brito informou que um relatório será produzido pela Comissão de Seguridade apontando as irregularidades encontradas. “Estamos anotando tudo e estas denúncias serão levadas à comissão para que sejam apuradas. Estamos realizando a inspeção, mas o nosso objetivo é também apresentar soluções dos problemas para que possamos ter a melhoria do sistema de saúde”, destacou o parlamentar.

O deputado estadual Ricardo Barbosa ressaltou que a Prefeitura de João Pessoa recebe R$ 335 milhões por ano do Governo Federal, totalizando R$ 27 milhões por mês. “Vamos levar essa discussão e a fiscalização para a Comissão de Saúde com o objetivo de buscar soluções para resolver este grave problema”, avaliou.

Bertrand Asfora, procurador-geral de Justiça, garantiu que todas as denúncias e irregularidades encontradas na inspeção que a comitiva realizou na manhã desta segunda serão encaminhadas para as Promotorias de Saúde da Capital. “Além das inspeções, a discussão de ações para a melhoria do serviço é relevante. Dessa maneira, a democracia amadurece e a gente pode ter os resultados que a legislação impõe”, salientou.

Visita técnica

Ainda na manhã desta segunda, a comitiva da Câmara Federal acompanhada do deputado Ricardo Barbosa e representantes do MPPB e do Conselho Regional de Medicina e Conselho Municipal de Saúde visitaram os hospitais Santa Isabel, Trauminha e o Hospital de Trauma e verificam a situação dos três estabelecimentos.

A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sônia Lacerda, denunciou que “faltam médicos, medicamentos e materiais necessários para a realização de alguns serviços. No Ortotrauma de Mangabeira, existem problemas graves na higiene do hospital. Aqui encontramos até baratas, acompanhantes de pacientes dormindo no chão. Nós queremos saber porque não está sendo cumprido o que manda a lei”, indagou a presidente.

Redação Adaptada da Assembleia Legislativa da Paraíba