Aquisição e abastecimento de vacinas
Doutor Roberto Dias, diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, falou sobre a estrutura montada para abastecer as diferentes regiões brasileiras. “Fazemos a aquisição dos insumos estratégicos da saúde, o armazenamento e a distribuição. Estados também adquirem medicamentos, mas nós centralizamos uma parte. Temos uma central com 19 armazéns em Guarulhos. No primeiro trimestre de 2019 expedimos 15.700 pedidos, totalizando mais de 15 mil volumes para todo Brasil”, informou.
Leonardo Vilela, representante do CONASS, disse que a falha no abastecimento de vacinas prejudica os cidadãos e as secretarias municipais. “O Plano Nacional de Imunização (PNI) é referência internacional. Porém, temos visto uma redução da cobertura vacinal. Estamos sem a vacina Pentavalente. Para nós que somos gestores, isso é muito preocupante. Mesmo assim, reconhecemos que a estrutura do Ministério melhorou muito.”
Já o diretor de assuntos econômicos da INTERFARMA, Pedro Bernardo, explicou que o instituto trabalha em parceria com laboratórios públicos e privados. “Para cada dólar investido em vacinas, dezesseis são economizados quando doenças previníveis deixam de ocorrer. Estamos tendo uma queda na cobertura vacinal de em média 14% nos últimos anos.”
Marco Safadi, doutor e professor em pediatria e infectologia na Santa Casa de São Paulo, falou do impacto dos programas de imunização no controle das doenças. “Os jovens são importantes transmissores. Então, uma vacina formulada para esse público auxilia na prevenção de doenças de toda uma comunidade. São as estratégias mais importantes e as mais falhas atualmente.”
“Fazemos o registro sanitário dos produtos, estamos presentes no momento da importação onde é verificado a manutenção da cadeia de frios e monitoramos os produtos. Nossa atividade tem grande impacto no PNI”, explicou Maria Reis, gerente de produtos biológicos da ANVISA.