Visita da Delegação da Bélgica
O presidente Nelson Pellegrino abriu a reunião com uma avaliação das relações do Brasil com a União Europeia e a Bélgica, principalmente na área econômica. Pellegrino ressaltou que a União Europeia é hoje o segundo parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. As perspectivas para várias áreas específicas foram analisadas.
O vice-primeiro ministro belga fez um histórico das relações bilaterais entre os dois países, ressaltando a presença sólida de seus compatriotas no Brasil. Lembrando que a Bélgica é a 20ª economia do mundo e uma das mais afeitas à inovação, o ministro abordou a complementaridade e chances de incremento nas trocas econômicas com o Brasil. Afirmou ainda que os governos Lula e Dilma, ao tirar milhões de pessoas da pobreza, inspiraram a Europa e o mundo.
O dignatário congratulou o Brasil pelo papel que vem conquistando na promoção da integração regional, por meio do Mercosul e Unasul, e pelo seu engajamento na política multilateral, por exemplo, através do G-20 e do debate das mudanças climáticas. Reynders afirmou que a Bélgica apoia a aspiração brasileira por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Ao abordar a conjuntura econômica europeia, Reynders discordou da abordagem que reduz a questão a uma crise do euro. “A crise veio da América do Norte”, afirmou, atribuindo os problemas econômicos na Europa a situações pontuais de países com problemas específicos de competitividade.
Pellegrino, por sua vez, citou sua meta de realizar um debate qualificado sobre legislação comparada a respeito de concessões e licitações, tema importante para o Brasil no momento, já adiantando o convite para que o governo da Bélgica se faça representar no evento.