Tratado de Livre Comércio MERCOSUL-UE será objeto de Subcomissão Especial na CREDN
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 29, requerimento de criação da Subcomissão Especial para o acompanhamento das negociações para a ratificação do Tratado de Livre Comércio MERCOSUL – União Europeia, assinado em 2019 e pendente de tramitação nos parlamentos nacionais.
A proposta partiu do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), membro, também, do Parlamento do MERCOSUL. Segundo ele, “estamos diante de uma das maiores negociações, senão a maior, com que já se depararam os Estados Partes do MERCOSUL, que tem grande potencial, mas que não é isenta da possibilidade de apresentar gravames aos Estados signatários, uma vez que também há enormes e significativas diferenças entre as realidades dos países do MERCOSUL e aqueles da UE”, afirmou.
Uma das preocupações do deputado diz respeito ao uso de agrotóxicos, proibidos nos países europeus, mas que estarão permitidos nos países do MERCOSUL, o que significa que a UE poderá seguir produzindo e exportando, inclusive para a América do Sul.
Chinaglia chamou a atenção para a necessidade de os deputados acompanharem todo o processo até a conclusão das negociações, influenciando no texto final que será submetido aos parlamentos para ratificação.
“Em junho haverá uma reunião entre parlamentares europeus e do MERCOSUL, em Bruxelas, e será uma excelente oportunidade para conhecermos detalhes do impacto que o tratado terá no Brasil e em nossa região, tanto os positivos quanto os negativos”, concluiu.
O deputado informou, ainda, que foi proposta a criação de uma subcomissão semelhante no âmbito do Parlamento do MERCOSUL (PARLASUR), com o aval de representantes de todos os países membros.
Assessoria de Imprensa - CREDN