Timor Leste: parlamentares conhecem logística de votação

Às vésperas da votação, toda a logística das eleições legislativas do Timor Leste foi apresentada nesta sexta-feira às deputadas Perpétua Almeida (presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional) e Janete Pietá (representante brasileira na Comissão de Países de Língua Portuguesa).
06/07/2012 17h43

Chuvas intensas e estiagem castigam os dois extremos do país, o apoio terrestre é muito ruim e a comunicação é precária, relatam as parlamentares, únicas brasileiras com mandato federal entre os 600 observadores internacionais.

Perpétua Almeida e Janete Pietá, que representam o Brasil e o Parlamento naquelas eleições, conheceram os locais de votação e acompanham a preocupação das autoridades e suas medidas com possíveis contratempos. Há investigação em curso para apurar evidências de rasura de cédulas eleitorais.

As deputadas foram recebidas pelo Presidente da Comissão Nacional das Eleições, Faustino Cardoso, que ocupa cargo equivalente ao de presidente do TSE no Brasil. Como é praxe, ele decretou as últimas 48 horas como "tempo de silêncio", em que a campanha fica proibida. "Há um esforço para que as eleições transcorram sem maiores problemas", informou a deputada Janete Pietá. "E nós colaboramos para que a democracia reine aqui também", concluiu.

"Os timorenses estão com grande expectativa, pois sabem que neste momento a comunidade internacional se volta para eles, que são o mais jovem país do mundo. Brasil e ONU, têm se esforçado para reerguê-lo após 10 anos de conquistada a sua independência", opinou a deputada Perpétua Almeida, que, no retorno ao Brasil, fará uma consulta ao TSE sobre a possibilidade de a Justiça Eleitoral Brasileira auxiliar o Timor Leste a implantar o sistema de votação eletrônico nas eleições municipais que ocorrerão em 2014.

De um total de 1,2 milhão de habitantes, 640 mil cidadãos estão aptos a votar. Porém, estima-se que 400 mil deles compareçam às urnas. A eleição ocorre em lista fechada em que apenas é possível assinalar o partido e a cada três nomes da lista uma é mulher. O embaixador do Brasil no Timor Leste, Edson Monteiro, acompanha as deputadas.

No Timor Leste o sistema de governo é parlamentarista, e 18 partidos disputam o direito de, ao conquistar a maioria de votos, ser convidado pelo presidente a compor o governo e indicar o primeiro-ministro, que é quem, de fato, governa.

Assessoria de Imprensa - CREDN