Suposta viagem de Felipe Martins aos EUA será debatida na CREDN
Brasília – Em fevereiro de 2024, Filipe Martins, ex-assessor especial do então Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi preventivamente preso pela Polícia Federal mediante mandado impetrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão fundamentou-se em uma suposta viagem sua aos EUA em 2022, quando, na verdade, Martins se encontrava no Brasil. À época, Felipe Martins era investigado pelo STF.
Com o objetivo de esclarecer os fatos, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou nesta quarta-feira, 9, requerimento do deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), para que Martins detalhe o ocorrido. Van Hattem revelou que a própria Embaixada dos EUA acompanha o caso.
“O U.S. Customs and Border Protection (CBP) confirmou que não havia nenhum registro de entrada de Martins em Orlando em dezembro de 2022 e que sua última entrada nos EUA havia sido em setembro de 2022, pelo aeroporto JFK em Nova York. Durante muito tempo informações inconsistentes serviram como fundamento para manter Filipe Martins preso”, explicou o deputado.
Na avaliação do deputado, “as inconsistências nos registros de imigração nos EUA no caso de Filipe Martins levantam o questionamento sobre a segurança e integridade do processo de entrada de estrangeiros no país e dos agentes de fronteira americanos, o que pode vir a fragilizar e desgastar as relações com o Brasil”, acrescentou.
Assessoria de imprensa - CREDN