Seminário debate o Mercosul e Unasul
O embaixador Simões abordou as transformações sofridas pela região e que deram fôlego para se chegar ao processo de integração, representando pela Unasul e pelo Mercosul. . “O mundo de hoje é bem diferente de 20 anos atrás. Os EUA ainda estão na ponta, mas hoje em dia o poder de intervenção deles não é mais como foi. A Europa também: a crise está instalada, o modelo está em cheque. A locomotiva do mundo não está mais nos países ricos, está no mundo emergente, e a América do Sul é um dos palcos dessa nova locomotiva”, defendeu o embaixador. Ainda segundo Simões, “em 2030, 50% do produção mundial estará exatamente nos países emergentes”.
Para os palestrantes, as alavancas dessa integração são representadas pela transformação do grande contingente populacional pobre em massa populacional com poder econômico. Além disso, vários países da América do Sul tornaram-se credores e não mais devedores de instituições financeiras internacionais. O potencial energético da região, principalmente a capacidade petrolífera de Brasil e Venezuela, comprovam a importância da região em um mundo ávido por recursos energéticos. “O Brasil, por exemplo, que nos anos 80 não tinha petróleo, vai se colocar entre os 10 primeiros produtores do mundo, depois da descoberta do Pré-Sal”.
Também estavam presentes na mesa do painel, a presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC), e o Chefe da Missão do Ipea em Caracas, Pedro Barros.