Seminário debate a Crise Financeira Internacional
Os antecedentes da crise que atinge o sistema financeiro e econômico internacional, as primeiras tentativas de mudanças e as atuais medidas para a recuperação econômica foram foco das abordagens. “Houve em um primeiro momento, a busca por um novo acordo entre as principais economias, algo como um novo Bretton Woods, quando os Estados Unidos ditaram os mecanismos cambiais do planeta, após a Segunda Guerra Mundial. Era preciso redirecionar os eixos do sistema capitalista, e essas discussões foram abordadas entre as principais economias do mundo, principalmente a partir do Fórum do G20”, afirmou o Diretor de Comércio Exterior do BNDES, Luiz Eduardo Melin.
Segundo o Diretor do Departamento de Assuntos Financeiros e Serviços do Ministério das Relações Exteriores, ministro Luís Antônio Balduíno Carneiro, existe hoje um equilíbrio maior entre os países mais e menos desenvolvidos. “Ficou nítido após a reunião do G20, em 2008, que o G7 se reconheceu insuficiente para debater e dirigir por si mesmo a crise econômica mundial. Houve um movimento para incluir os países em desenvolvimento para essa colaboração econômica”.
Os palestrantes afirmaram ser cada vez mais nítida e necessária a pluripolaridade econômica, por isso, é essencial a presença e o fortalecimento da economia brasileira. “O Brasil vem tendo uma postura adequada em relação à economia. Buscando mercados diversos, nos Estados Unidos, na Europa, no Mercosul e na Ásia, e não apenas uma única fonte financeira, que há 40 anos eram os Estados Unidos. Além disso, estamos valorizando os fundos soberanos estatais brasileiros para que possam garantir a capacidade de nossas empresas” defendeu Melin.
Também discursou o professor da Universidade Estadual de Campinas, José Carlos de Souza Braga. O deputado Claudio Cajado e a Deputada Perpétua Almeida, presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, foram os responsáveis por guiar o debate.