Segurança e inteligência: trabalho conjunto para os Jogos de 2016

“O mundo inteiro estará observando o Brasil. São os primeiros Jogos a serem disputados na América do Sul”. A frase do Coronel Marcelo Silva Rodrigues, participante da reunião que debateu o papel da inteligência na segurança dos jogos olímpico e paraolímpico de 2016, apontou o destaque que o tema vem recebendo nos últimos anos e que deve culminar com a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
13/10/2015 00h00

Foto: Claudia Guerreiro

Segurança e inteligência: trabalho conjunto para os Jogos de 2016

1- Prefeito do Rio, Eduardo Paes, participa de encontro da CCAI

O encontro da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), presidida pela deputada Jô Moraes (PC do B/MG), ocorreu em 13/10 e teve entre seus convidados o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB/RJ). Além dele e do Coronel Marcelo Silva Rodrigues, coordenador da Seção de Contrainteligência da Subchefia de Inteligência Operacional do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, participaram da mesa Wilson Roberto Trezza, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência e William Marcel Murad, diretor de Inteligência da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos.

Os trabalhos desenvolvidos nas áreas de segurança e inteligência têm foco em sete pontos principais: ações terroristas ou de sabotagem de qualquer natureza, criminalidade e violência urbana, comprometimento do sistema de mobilidade urbana, comprometimento da saúde pública, comprometimento dos serviços essenciais, ataques cibernéticos e fenômenos naturais.

Eduardo Paes mostrou a preparação para a Olimpíada e explicou “a enorme oportunidade de transformação” que os Jogos representam para a cidade do Rio de Janeiro. “A gente sempre gosta de usar esse exemplo, porque mostra as cidades que vencemos na disputa final: Madri, Tóquio e Chicago”, lembrou. “O que nos levou à vitória das Olimpíadas foram muito mais os nossos defeitos do que nossas qualidades. Chicago, Tóquio e Madri têm condições de infraestrutura infinitamente melhores do que o Rio de Janeiro, mas o que nos levou a conquistar o voto dos eleitores do Comitê Olímpico Internacional foram justamente os desafios que a cidade do Rio de Janeiro enfrentava diante de si, aliás, desafios muito comuns às grandes cidades brasileiras”, continuou o prefeito.

Por sua vez, William Murad destacou a ousadia do Brasil ao aceitar receber tantos grandes espetáculos em tão pouco tempo e aproveitou a oportunidade para falar sobre os Centros de Inteligência (CI) – que tiveram uma atividade em tempo real – durante a realização dos eventos, e as atividades de integração de todo o Sistema Brasileiro de Inteligência. “Costumamos dizer que tudo começa na inteligência. E essas atividades começam muito antes do evento, com a elaboração de uma série de atividades. As estruturas de inteligência para a Olimpíada envolveram 700 servidores da Abin, oficiais e agentes de inteligência, e 500 servidores dos órgãos diversos ligados aos serviços de Inteligência”.

Paes fez questão de mostrar as diferenças entre os dois eventos, Copa e Olimpíada: “Aqui estão alguns números que podem parecer assustadores, principalmente, nessa atividade de segurança e de inteligência: na Copa do Mundo eram 32 países; na Olimpíada são 206 países. A Copa do Mundo tinha um total de 723 atletas, a Olimpíada tem 15 mil atletas olímpicos e paralímpicos. Na Copa do Mundo, tínhamos, espalhados em 12 cidades brasileiras, 15 mil voluntários; na Olimpíada, teremos 70 mil voluntários, só na cidade do Rio. A Copa do Mundo era um esporte, futebol; na Olimpíada, são 65 campeonatos mundiais acontecendo, em paralelo, numa única cidade”.

No encerramento, Murad frisou: “O que nós queremos mostrar com isso? Que a Inteligência funciona, que nós precisamos acreditar naquelas pessoas que trabalham conosco, que temos fontes adequadas e que podemos prestar um assessoramento compatível com o porte de um evento como os Jogos de 2016”.

 

 

Cláudia Guerreiro

Assessora de comunicação da CREDN

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