Abrindo o diálogo, Jô Moraes destacou a presença do Secretário no Brasil “em um momento bastante oportuno”, e manifestou o desejo do parlamento brasileiro de estreitar os laços com os parlamentos dos países-membros da Unasul.

Durante a conversa, Samper apresentou a atual agenda da Unasul, centrada em três eixos principais: paz, democracia e direitos humanos. “A partir destes eixos, são organizados os 12 conselhos setoriais que formulam políticas públicas para a região com foco nos aspectos sociais, econômicos e políticos”, explicou. O objetivo é promover a inclusão social, a competitividade econômica com as demais regiões do mundo e a efetivação de uma participação cidadã no subcontinente.

Atualmente a Unasul coordena oito projetos de investimentos em infraestrutura. Deste total, cinco – que envolvem hidrovias, ferrovias e portos – contam com a participação brasileira.

Questionado pelos deputados brasileiros sobre o polêmico tema das migrações, Ernesto Samper mostrou-se favorável à uma mobilidade sem restrições na região, com a criação de estímulos para circulação e migração interna, vistos de residência nos moldes do Mercosul e políticas que facilitem o deslocamento de estudantes e trabalhadores.

Ao finalizar a visita, o Secretário-geral valorizou a imponência do Brasil na região, comparando-o “a um transatlântico que, ao menor movimento, impacta nos demais países sul-americanos”. Ao se despedir, deixou um convite para que Jô Moraes, como presidente da Comissão, se incorpore aos demais presidentes das Comissões de Relações Exteriores dos parlamentos dos países-membros da Unasul em reunião programada para o próximo mês de dezembro, na cidade de Cochabamba, Bolívia.

Cláudia Guerreiro

Assessora de comunicação da CREDN

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