Rio+20: Deputados participam da Cúpula de Mulheres Chefes de Estado

A inclusão dos direitos femininos nos debates sobre sustentabilidade e a mudança nas legislações sobre reprodução foi o tema central do encontro da última quinta-feira (20/06), no Pavilhão 3 do Riocentro, da Cúpula de Mulheres Chefes de Estado e Governo na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento, organizado pelas Nações Unidas (ONU), trata da importância da mulher no processo de construção de um mundo mais sustentável e justo.
25/06/2012 12h36

Foto: Jane Araújo

Rio+20: Deputados participam da Cúpula de Mulheres Chefes de Estado

Durante discurso, a presidente Dilma Rousseff defendeu os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e defendeu, ainda, o acesso aos direitos básicos. “Estamos trabalhando para superar no Brasil as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, com pleno exercício dos direitos sexuais reprodutivos”. Na mesma linha, a secretária-geral e diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, destacou a importância de se continuar lutando pelos direitos sexuais das mulheres.

A vice-presidenta da Câmara dos Deputados, deputada Rose de Freitas (PMDB/ES), destacou que o tema reprodução sempre esteve num segundo plano de discussão. “Precisamos debater o tema natalidade e a inclusão da mulher no processo de construção do desenvolvimento sustentável”, destacou.

A presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC), que acompanhou o evento, afirmou que o Brasil ainda precisa avançar na proteção dos direitos das mulheres, mas destacou que muito já foi feito no Brasil neste sentido.

Em resposta as críticas feitas ao documento da Rio+20 de que a carta de intenções não contempla os direitos reprodutivos das mulheres, como defendia a Cúpula de Mulheres Chefes de Estado, Perpétua Almeida afirmou que os resultados obtidos no Brasil já mostram um avanço nas cifras históricas de participação da sociedade civil. “Temos que entender que o documento final da Rio+20 não é um documento do Brasil. É, sim, o resultado do que foi possível ter como consenso entre todos os países”.

Durante os debates paralelos a Rio+20, sociedade civil e especialistas discutiram a importância de se adotar medidas “severas” para combater a violência e as desigualdades entre homens e mulheres no mundo.