Protocolo sobre Comércio e Serviços do MERCOSUL passa na CREDN

Como o número de restrições indicadas nas listas nacionais de compromissos específicos dos Estados é muito alto, há oportunidades de aprofundamento de acesso aos mercados para as exportações brasileiras de serviços em todos os setores
23/11/2022 17h58

Billy Boss

Protocolo sobre Comércio e Serviços do MERCOSUL passa na CREDN

Brasília – O texto da Emenda ao Protocolo de Montevidéu sobre o Comércio de Serviços do MERCOSUL, assinado em Bento Gonçalves, em 5 de dezembro de 2019, foi aprovado nesta quarta-feira, 23, pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.

Autor do parecer analisado, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) destacou que o comércio de serviço do Brasil com o MERCOSUL é caracterizado pela concentração em poucos setores, além da perda de relevância relativa entre 2011 e 2019.

Citando dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cajado assinalou que viagens, transportes e outros serviços empresariais representaram cerca de 87% das exportações brasileiras de serviços, somadas à Argentina, ao Paraguai e ao Uruguai em 2019, último ano levantado.

Enquanto a corrente de comércio de serviços do Brasil com o mundo reduziu-se em 1,6%, a corrente com o MERCOSUL reduziu-se em 15,9%, chegando a US$ 3,3 bilhões. Desse modo, a participação do bloco passou de 3,8%, em 2011, para 3,2% em 2019.

“Essa queda ocorreu tanto pela via das exportações quanto das importações, tendo as compras pelo Brasil dos três parceiros caído de forma muito mais acentuada. Além disso, é preocupante que o Brasil esteja perdendo espaço para outros fornecedores de serviços aos países do MERCOSUL, como EUA, União Europeia e China”, advertiu o deputado.

 

Assessoria de Imprensa - CREDN