Presidente da CREDN participa de debate sobre onda populista no mundo

Brasília – Bruna Furlan (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, participou, nesta segunda-feira, dia 8, do 4º painel de uma série de debates promovidos pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal sobre o Brasil e a ordem internacional.
09/05/2017 13h55

Moreira Mariz

Presidente da CREDN participa de debate sobre onda populista no mundo

Bruna Furlan e Fernando Collor acompanham discussão acerca dos processos eleitorais mais recentes

Brasília – Bruna Furlan (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, participou, nesta segunda-feira, dia 8, do 4º painel de uma série de debates promovidos pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal sobre o Brasil e a ordem internacional. Na oportunidade, quatro especialistas expressaram preocupação com a onda populista no mundo, especialmente após o anúncio da saída do Reino Unido da União Europeia. 

“O cenário internacional nos revela cada vez mais a importância de implementarmos uma política externa que prime pela unidade e integração com o fortalecimento do diálogo e da cooperação”, afirmou Bruna Furlan. De acordo com os especialistas ouvidos, também a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e o crescimento de candidatos nacionalistas em eleições recentes na França, na Holanda e na Áustria, são parte de um ciclo, não um destino final. 

O professor Mathias Alencastro, Doutor em Ciência Política pela Universidade de Oxford, por exemplo, não percebe um caráter duradouro e uma narrativa global da onda populista. Na sua avaliação, tanto o Brexit quanto a eleição de Trump seriam resultados de questões locais.   

Já o professor Lucio Rennó, PHD em Ciência Política, acredita que é preciso analisar se as mudanças que ocorreram atualmente na política em vários países significam apenas ciclos de alternância de posições econômicas ou realinhamentos ideológicos reais. 

Além disso, Mathias Alencastro avalia que a eleição de Emmanuel Macron é positiva para o Brasil e pode significar mais abertura comercial, mais investimento em ciência e tecnologia e mais política externa. Ele acredita que a exigência para o Brasil será de elevar o padrão de cooperação internacional, mas entende que o país, agora, tem um panorama internacional mais claro para planejar no longo prazo. 

Participaram dos debates Alex Canuto, presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP); Paulo Delgado, ex-deputado federal, professor e sociólogo, pós-graduado em Ciências Políticas; Lucio Rennó, Mestre em Ciência Política (UNB), doutor em Ciência Política (University of Pittsburgh) e Pós-doutorado no Latin American and Caribean Studies Center da SUNY Stony Brook e no German Institute for Global and Area Studies, em Hamburgo, Alemanha; e Mathias Alencastro, Doutor em Ciência Política pela Universidade de Oxford e Especialista em Política Europeia e Africana.

 

Jornalista responsável: Marcelo Rech

E-mail: marcelo.rech@camara.leg.br

Telefones: 61 3216 6741 - 61 98153 2514