Possível aval do Brasil a calote argentino será discutido na CREDN

Brasília – A decisão do governo brasileiro de ingressar no dia 24 de março, na Suprema Corte dos Estados Unidos, com pedido para atuar como "amicus curiae" – amigos da Corte – em processo movido por credores da Argentina, em razão de dívida remanescente de calote que o país dera em 2001, será objeto de audiência pública a ser realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados.
02/04/2014 16h31

Foto: Marcelo Rech

Possível aval do Brasil a calote argentino será discutido na CREDN

Presidente da CREDN, Eduardo Barbosa está preocupado com o impacto que aval do Brasil ao calote argentino poderá ter no país

A proposta é do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente da CREDN que sugeriu sejam convidados o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o cientista político e jornalista argentino, Marcelo Falak, além de representantes do ministério da Fazenda e do Banco Central.

De acordo com Eduardo Barbosa, "é importante ouvirmos das autoridades brasileiras todas as nuances que envolvem a participação brasileira nesse processo judicial, sobretudo obtermos os devidos esclarecimentos a respeito das implicações e dos impactos que o papel do Brasil frente ao caso pode gerar, notadamente na atual conjuntura econômica, em que o país está passando por uma minuciosa avaliação por parte das agências internacionais de classificação de risco".

Ele lembrou ainda que no dia 24, a Standard and Poor’s, rebaixou a nota da economia brasileira. "Nesse cenário, não se pode descuidar de que o apoio brasileiro ao governo argentino, no âmbito do processo judicial, pode sinalizar a investidores e à comunidade internacional que o país está no mesmo grupo de nações com risco de calote", explicou Barbosa.

Os deputados Alfredo Sirkis (PSB-RJ), Emanuel Fernandes (PSDB-SP) e Nelson Pellegrino (PT-BA), também destacaram a importância de se conhecer a contrapartida oferecida pela Argentina para obter o apoio brasileiro, uma vez que o país possui um histórico de travas e obstáculos ao comércio bilateral.

 

 

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