Pesquisa e soberania são fundamentais para a presença brasileira na Antártica

Esforço contínuo, trabalho ilimitado e muita disposição em nome da ciência e da soberania brasileira. Este é o papel das forças armadas, em especial da Marinha e da Aeronáutica, nas missões de apoio logístico ao Programa Antártico Brasileiro, o Proantar. Criado em 1982, o Programa coordena e apoia a pesquisa e na Antártica e mantém uma estação de pesquisa durante todo o ano na região. Sob todos os aspectos estes princípios são valores apoiados pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
04/08/2015 20h55

Foto: Claudia Guerreiro

Pesquisa e soberania são fundamentais para a presença brasileira na Antártica

Marinha realiza o 9º Voo de Apoio à Operação Antártica XXXIII

Para suprir às necessidades de manutenção dos habitantes temporários (pesquisadores, militares e técnicos de diferentes áreas) da estação brasileira, mensalmente são organizadas viagens para o lançamento de carga – com gêneros alimentícios e outros materiais. Entretanto, o clima antártico é que determina se este objetivo será cumprido ou não.

Assim ocorreu com o 9º Voo de Apoio à Operação Antártica XXXIII. Durante cinco dias, a Marinha do Brasil tentou, sem sucesso, fazer o lançamento de carga para a base brasileira, porém as rigorosas condições climáticas da região nesta época do ano impossibilitaram o feito. Na expectativa do pouso em solo antártico também estavam pesquisadores, visitantes e aviadores da Marinha e da Aeronáutica que fariam treinamento de pouso e arremetida no gelo.

Para os militares envolvidos no processo, entretanto, o exaustivo trabalho diário de preparação da aeronave – um cargueiro Hércules C-130 – não criou desânimo. Para eles, o dever de apoiar o Proantar, que atualmente conta com 300 pesquisadores e alpinistas, está acima de qualquer mau tempo.

Os trabalhos executados pelas equipes civis e militares que há 33 anos atuam no âmbito do Programa Antártico Brasileiro têm como objetivo sensibilizar a sociedade para a importância da região no desenvolvimento científico, ambiental e econômico, além dos aspectos essenciais relacionados à soberania e geopolítica estratégica do Brasil. Ali são realizadas pesquisas de biodiversidade, ecossistema, oceanografia, glaciologia, geologia e investigações sobre as mudanças climáticas na região e suas consequências para o mundo.

Sétimo país mais próximo do Continente Antártico, em 1983, o Brasil foi reconhecido como Parte Consultiva do Tratado da Antártica, do qual é signatário desde 1975. Com isso, o país torna-se membro ativo nas discussões sobre o uso pacífico do continente. Deste modo, suas responsabilidades para com a observação dos artigos do acordo são fundamentais. O documento prevê que a Antártica não pertence a nenhuma nação, embora todas tenham o direito de instalar ali bases de estudos científicos.

 

 

Cláudia Guerreiro

Assessora de comunicação da CREDN

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