Pellegrino elogiou as recentes eleições que tiveram o comparecimento de quase 80% dos eleitores apesar do voto no país não ser obrigatório, e elogiou as declarações do presidente eleito Hassan Rouhani, que pretende aprofundar as relações políticas, comerciais e econômicas com os países latino-americanos, tendo o Brasil como prioridade.

Nos últimos anos, Brasil e Irã firmaram 27 acordos de cooperação e pretendem aumentar o volume comercial para cerca de US$ 10 bilhões em até três anos. Ghazenadeh explicou que o Irã pode ser a ponte entre os produtos brasileiros e os mercados da Ásia Central e do Cáucaso.

Além disso, o Irã tem interesse em firmar um acordo de cooperação espacial – o país é o único do Oriente Médio e do mundo islâmico que domina toda a cadeia produtiva desde a fabricação de satélites até o seu lançamento – e aumentar a cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação. O turismo é outro setor que deverá ser explorado, principalmente com a classificação da seleção iraniana para o Mundial de 2014.

Nelson Pellegrino explicou que “a posição brasileira (em relação ao Programa Nuclear Iraniano) é incompreendida interna e externamente, mas que o alinhamento automático do país se dá apenas em relação aos princípios da autodeterminação dos povos e da não ingerência”.

O deputado entende que a realização de uma missão política ao Irã é fundamental para apoiar os esforços de ambos os governos no aprofundamento do relacionamento político e afirmou que fará gestões junto ao Grupo de Amizade Brasil – Irã para avaliar como este mecanismo pode fortalecer o diálogo político e o equilíbrio comercial. 

O embaixador informou ainda que a presidente Dilma Rousseff será convidada para participar da cerimônia de posse do presidente Rouhani no dia 4 de agosto em Teerã.

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