Palestina e Qatar debatem Oriente Médio na CREDN
De acordo com Bruna Furlan, “não podemos falar de paz mundial sem discutirmos as questões que envolvem o Oriente Médio. O Brasil tem uma posição histórica de defesa da paz na região, do diálogo e de uma resolução pacífica das crises. Vamos trabalhar nesta direção no âmbito da CREDN”, explicou a deputada que esteve no início do ano na região onde pôde dialogar com palestinos e israelenses.
O Conselho de Embaixadores Árabes reúne 17 chefes de missão diplomática que trabalham uma série de temas em conjunto. Ibrahim Alzeben pediu o apoio da CREDN para o processo de paz e lembrou dos 100 anos da Declaração de Balfour e dos 70 anos do plano da ONU de partilha da Palestina. “Queremos estar em paz com nossos vizinhos, mas não podemos concordar com a ocupação de 78% do nosso território”, afirmou o diplomata.
Já o Embaixador do Qatar no Brasil reconheceu os problemas que o país tem enfrentado por conta das sanções impostas pelos vizinhos árabes. Mohammed Al-Hayki explicou que as três exigências feitas – fechamento da rede de TV Al Jazira e rompimento das relações com Turquia e Irã – são inaceitáveis. “As sanções nos criam muitos problemas em nossas relações e são abusivas”, afirmou. Ele destacou ainda a importância das parcerias com o Brasil, especialmente em projetos de gás liquefeito em Sergipe e Paraná.
Atualmente, o Brasil exporta, sobretudo, minério de ferro, alumina e carne de frango e importa gás natural liquefeito (gnl), polietileno e fertilizantes (em especial, ureia).
Al-Hayki falou exclusivamente na condição de Embaixador do Qatar e não como Vice-Decano do Conselho dos Embaixadores Árabes no Brasil.
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