Munições cluster e o papel do Brasil são alvos de debate na CREDN

Brasília – O armazenamento, utilização e comercialização de munições cluster pelo Brasil foram alvo de audiência pública realizada nesta terça-feira, 3, pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN). Por requerimento da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), compareceram o general Gerson Menandro Garcia de Freitas, chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e o professor Cristian Ricardo Wittmann, da Universidade Federal do Pampa (RS).
03/06/2014 19h09

Foto: Marcelo Rech

Munições cluster e o papel do Brasil são alvos de debate na CREDN

CREDN debate o uso de munições cluster pelo Brasil e a exportação desse tipo de armamento

De acordo com Wittmann, as munições cluster são um meio de guerra desumano uma vez que disparadas dispersam grandes quantidades de submunições que não distinguem alvos militares de populações civis. "Trata-se de uma arma que viola praticamente tudo que tem a ver com a preservação dos direitos humanos", explicou.

Ele lembrou que o ministro Celso Amorim quando chanceler considerava as munições cluster como "munições desumanas". "No entanto, como ministro da Defesa, ele simplesmente se omite", afirmou o professor.

Já o general Gerson Menandro Garcia de Freitas, assegurou que as munições cluster configuram um importante elemento de dissuasão e que se o Brasil abrir mão do seu arsenal haverá um enorme desequilíbrio regional e extrarregional.

Na sua avaliação, o fato de o Brasil dispor dessas munições confere maior respeito por parte da comunidade internacional. Além disso, há fatores econômicos importantes com a geração de empregos e de renda para as empresas brasileiras que as fabricam e exportam.

Segundo ele, "os investimentos recentes na evolução tecnológica permitiram aumentar a precisão, reduzir as falhas de munições não explodidas, reduzir o risco de que munições não explodidas se transformem em submunições explosivas e facilitar a identificação visual no terreno".

 

 

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