Ministro manifesta preocupação com paz no mundo árabe
Antonio Patriota afirmou ser inaceitável, por exemplo, o uso da força pelo governo da Líbia contra os manifestantes. Outro caso preocupante, para o ministro, é o da Síria. “Esta semana o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas foi chamado a examinar a hipótese de uma resolução sobre a situação na Síria. Temos defendido o tratamento consensual da questão. Se o órgão consegue adotar decisões por consenso, elas têm mais força do que se houver uma divisão muito nítida entre os membros do conselho”, disse o ministro.
Direitos humanos
Em resposta ao deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), Antonio Patriota negou ainda qualquer pressão por parte do governo iraniano para que a presidente Dilma Rousseff não recebesse, na semana passada, a advogada iraniana de Direitos Humanos Shirin Ebadi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz. “A presidente não a recebeu, mas indicou o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, para que o fizesse; e Ebadi preferiu não se encontrar com ele”, explicou.
Em defesa da presidente Dilma, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que a advogada tem o direito de solicitar o encontro, mas não de pautar a presidência de qualquer país.
Cesare Battisti
O ministro comentou ainda o caso Cesare Battisti e descartou qualquer crise entre Brasil e Itália em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal de não extraditar o ex-ativista italiano. “Estive recentemente em Roma com o chanceler da Itália, Franco Frattini. Eu não considero que o tema ameace o relacionamento bilateral. Existe apreço pelo Brasil, em razão também da enorme colônia italiana que se instalou aqui”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara