Ministro e comandantes militares defendem mais recursos para as Forças Armadas

Em reunião que durou mais de 6h, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica defenderam o aporte de mais recursos para que as Forças Armadas não percam a capacidade operacional e de dissuasão.
06/07/2022 19h21

Billy Boss/CD

Ministro e comandantes militares defendem mais recursos para as Forças Armadas

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, acompanhado dos Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos; do Exército, General de Exército Marco Antônio Freire Gomes; e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, pediu o apoio da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) para que o orçamento das Forças Armadas seja aumentado e preservado.

Os quatro compareceram à reunião na CREDN, nesta quarta-feira, 6, em atendimento a requerimentos de autoria dos deputados Pedro Vilela (PSDB-AL), presidente do Colegiado, e Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Eles falaram à Comissão por mais de 6h e responderam aos questionamentos de 26 deputados.

De acordo com Paulo Sérgio, “a Defesa trabalha uma proposta, que em breve chegará ao Congresso, para retirar do teto de gastos os investimentos feitos nos Projetos Estratégicos”, revelou. Ele também pediu o apoio dos deputados para a aprovação da PEC 17, de autoria do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que impede o contingenciamento de recursos destinados a atualização e capacitação tecnológica das Forças Armadas.

Os militares foram unânimes ao afirmarem que se o Brasil não aumentar para 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos em Defesa, “o país será engolido pelo avanço tecnológico”. Atualmente, o Brasil destina cerca de 1,3% do PIB para a área de Defesa e é apenas o 6º na América Latina em investimentos no setor.

“Vamos trabalhar, na CREDN, para que o orçamento das Forças Armadas tenha previsibilidade. É fundamental que os recursos alocados cheguem aos projetos e programas para, em breve, alcançarmos um mínimo de 2% do PIB, que é o valor destinado pelas grandes potências às suas Forças Armadas”, afirmou Pedro Vilela. Segundo ele, “um país das dimensões continentais do Brasil, não pode negligenciar as suas Forças Armadas, responsáveis, em grande medida, por quase 17 mil Km de fronteiras”, acrescentou.

Eleições

O ministro Paulo Sérgio também explicou o papel desempenhado pelas Forças Armadas em relação às eleições deste ano. “Nós estávamos quietinhos, no nosso canto, quando o Tribunal Superior Eleitoral nos convidou a participar de sua Comissão de Transparência”, disse.

Ainda de acordo com o ministro, “não há sistema inviolável e nós atuamos de forma colaborativa. Fizemos propostas, algumas aceitas integralmente e outras parcialmente. Nós avaliamos onde podemos colaborar, mitigando ao máximo as possibilidades de um ataque ou uma falha, não somente agora, mas também para o futuro”, explicou.

O deputado Pedro Vilela também agradeceu o apoio das Forças Armadas ao estado de Alagoas, fortemente atingido pelas chuvas nas últimas semanas. São mais de 50 municípios afetados e pelo menos 40 mil pessoas desabrigadas. “O apoio das Forças Armadas no momento da catástrofe foi fundamental e quero fazer um apelo para que a Defesa ajude Alagoas nas obras de reconstrução e prevenção”, pediu o deputado.

 

Assessoria de Imprensa - CREDN