Ministro de Minas e Energia assegura que não houve sumiço de urânio
Brasília – Em audiência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), nesta quarta-feira, 15, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assegurou que não houve sumiço de urânio em 2023, conforme conclusão da investigação conduzida pela Polícia Federal com a participação do Ministério Público Federal e do GSI.
Segundo ele, “houve um erro contábil da INB com duas ampolas, um incidente operacional sem indício de crime”, afirmou. Convocado, o ministro compareceu à CREDN em atendimento aos requerimentos apresentados pelos deputados Filipe Barros (PL/PR) e Gustavo Gayer (PL/GO).
Silveira destacou que o inquérito civil foi arquivado e o episódio não compromete o desenvolvimento dos programas de geração de energia. Durante sua exposição, o ministro defendeu o uso da energia nuclear tanto para a geração de energia como para a medicina.
Presidente da CREDN, Filipe Barros também questionou o ministro acerca de denúncias de que a Petrobras estaria envolvida numa triangulação com a Venezuela para driblar sanções aplicadas àquele país, quanto à exportação de petróleo e derivados. De acordo com o ministro, a Petrobras opera na Bolsa de Nova York e está proibida de se relacionar com países que estejam sob sanções.
“Nós notificamos a Agência Nacional do Petróleo que nos assegurou que não há nenhuma relação de empresas privadas e públicas do Brasil com a importação de óleo da Venezuela, para burlar sanções internacionais”, assinalou o ministro.
Em relação aos gastos socioambientais de Itaipu, Alexandre Silveira, revelou que eles serão encerrados em janeiro de 2027 com o objetivo de baratear o preço da energia para os consumidores. O ministro disse ainda, que as relações com o Paraguai são fluidas e as negociações do Anexo C do Tratado de Itaipu prosseguem.
Terras raras
Acerca do episódio envolvendo a aquisição de minas de níquel por grupos chineses, Alexandre Silveira garantiu que não houve nenhum tipo de direcionamento e lembrou que os EUA são os principais exploradores de terras raras em Goiás.
Na audiência, também foram destacados temas como a exploração da Margem Equatorial, os programas Luz para Todos e Luz do Povo, além de questões ligadas a data centers, energias renováveis e curtailment, que é a redução forçada da produção de energia de usinas renováveis como solar e eólica, devido a restrições do sistema elétrico.
Assessoria de Imprensa – CREDN