MDIC nega problemas entre Brasil e sócios do MERCOSUL
Foto: Marcelo Rech
Atendendo requerimento da deputada Jaqueline Roriz, representantes do MDIC e MRE discutem questões relacionadas ao MERCOSUL
Godinho destacou que os países do MERCOSUL respondem por 20% das exportações brasileiras que cresceram 300% na última década. Também afirmou que as relações comerciais com a Argentina crescem num ritmo de 10% ao ano – o país é o terceiro parceiro comercial do Brasil – e a Venezuela é responsável pelo terceiro maior superávit comercial brasileiro. "Quanto maior a integração, maiores os problemas", observou.
Sobre as barreiras impostas pela Argentina, Daniel Godinho explicou que "não há um dia sequer que eu não converse com minha contraparte na Argentina e, principalmente, com os exportadores brasileiros que sofrem essas barreiras. É um trabalho contínuo, do qual não abrimos mão, não abriremos mão, mas temos que entender tudo isso no seu contexto".
Já o diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Itamaraty, Ronaldo Costa Filho, afirmou que há um deslocamento do polo dinâmico da economia global do Atlântico para o Pacífico, um cenário liderado principalmente pela China. Na opinião, esta realidade reforça a necessidade de um acordo entre MERCOSUL e União Europeia.
Segundo ele, "um acordo com a UE é fundamental porque tanto o MERCOSUL quanto a UE são blocos que não participam diretamente desse dinamismo da Ásia. É fundamental também porque a UE é ainda o nosso maior parceiro comercial como bloco".
A deputada Jaqueline Roriz está preocupada com as limitações que o MERCOSUL impõe aos seus integrantes quanto à assinatura de acordos de comércio com terceiros países.
"Acredito que um dos caminhos para o crescimento econômico do Brasil pode estar na promoção e diversificação das exportações para outros países que estão fora do MERCOSUL", afirmou.
Assessoria de comunicação