Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 18, três requerimentos para que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, compareçam ao Colegiado para falar sobre a postura do Brasil no Oriente Médio. As datas serão negociadas pela CREDN com o Itamaraty e a Presidência da República.

As propostas previam, inicialmente, a convocação de ambos, mas os deputados Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), diante do compromisso assumido pelos dois, aceitaram transformar o pedido em convite. “Tanto o ministro como o assessor especial, precisam vir para explicar declarações que deram sobre o ataque terrorista a Israel”, afirmou Zambelli.

Segundo ela, “as declarações do Celso Amorim, referentes a esta problemática, têm suscitado um intenso debate e gerado incertezas. Ele alegou que os ataques terroristas que ocorreram em Israel, resultando na perda de vidas de centenas de civis e no sequestro de dezenas de pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos, deve-se a “anos de tratamento discriminatório”, sugestivamente por parte de Israel”, explicou.

“Tivemos um ataque do Hamas e precisamos saber qual é a posição oficial do Brasil em relação ao grupo terrorista e às violações que estão sendo praticadas contra o povo israelense”, emendou Eduardo Bolsonaro. “Os crimes que estão sendo cometidos contrariam os princípios da Política Externa Brasileira, que defende a paz, o diálogo, o respeito aos direitos humanos e à autodeterminação dos povos”, completou.

CAF

Na mesma sessão, foi aprovado o requerimento dos deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli para que o ministro Mauro Vieira fale sobre a decisão do Banco de Fomento da América Latina (CAF), de conceder empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina, no mês de agosto. Ambos entendem que o governo brasileiro agiu para favorecer o candidato governista nas eleições que serão realizadas no próximo domingo, 22, naquele país.

“O esforço para garantir empréstimo do banco multilateral à Argentina se junta às ações públicas do Presidente da República motivadas por seu desejo de auxiliar o país vizinho e, indiretamente, beneficiar o candidato governista e ministro da Economia, Sergio Massa, na corrida presidencial”, assegurou a deputada.

Assessoria de Imprensa - CREDN