Marinha defende construção de submarinos e cobra mais recursos para projetos estratégicos

Para os membros da CREDN, tanto o PROSUB como o Programa Nuclear da Marinha, são fundamentais para o fortalecimento da soberania nacional e a defesa dos interesses estratégicos brasileiros
27/10/2021 18h01

Reila Maria

Marinha defende construção de submarinos e cobra mais recursos para projetos estratégicos

Brasília - A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira, 27, audiência pública para discutir a situação do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O evento contou com a presença do Almirante Marcos Sampaio Olsen, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha.

Um dos temas mais delicados diz respeito ao Orçamento para os dois programas. De acordo com Olsen, a Marinha tem conversado com as autoridades políticas e econômicas do governo, para assegurar os recursos necessários à continuidade dos dois projetos. De acordo com ele, “o cenário orçamentário de 2008 era um, o de hoje, é outro completamente diferente, agravado, inclusive, pela pandemia”, afirmou o Almirante.

Ele explicou que, após o contrato firmado em 2008, um novo compromisso será assinado no próximo ano, mas que a Naval Group ainda não passou o valor global. “Sem o preço final detalhado, a Marinha fica impedida de firmar esse segundo contrato. Eu acredito que esse contrato poderá ser assinado no primeiro semestre de 2022”, disse.

O militar reconheceu, também, que há atrasos por parte do Naval Group, na entrega de equipamentos e que a empresa precisa melhorar as entregas e sua cadeia logística. Por outro lado, assegurou que o Brasil está adimplente.

Sobre o reator nuclear, o Almirante Marcos Sampaio Olsen, destacou que o país alcançou um ponto de não retorno, embora sejam muitos os desafios tecnológicos a serem superados. “Não há como centralizar a produção desses equipamentos no Brasil. Atualmente, a Base Industrial de Defesa, no que diz respeito a requisitos nucleares, é muito incipiente, o que obriga o país a buscar no exterior, os equipamentos e insumos necessários”, afirmou Olsen.

Assessoria de Imprensa - CREDN