Irã quer integrar o BRICS e conta com o apoio do Brasil
O Irã pretende ingressar no BRICS, bloco integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e a cúpula de Joanesburgo, que será realizada entre os dias 22 e 24 de agosto, poderia ser o primeiro passo para essa adesão.
Este foi um dos temas tratados pelo vice-ministro de Assuntos Políticos do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Embaixador Ali Bagheri Kani, com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), nesta quarta-feira, 9. Ele está no Brasil para a 12ª Reunião de Consultas Políticas bilaterais.
Kani também expressou o interesse iraniano em fortalecer as relações com o Brasil nos âmbitos econômico, comercial, político e cultural. De acordo com o vice-ministro, “a parceria entre o Brasil e o Irã é a favor da estabilidade global e os dois países devem ter uma maior participação na definição e condução das pautas internacionais”, afirmou.
Ainda em 2023, os dois países devem se reunir para o diálogo econômico, como parte dos eventos que marcam os 120 anos das relações bilaterais. “O Irã é um sócio estratégico do Brasil, com uma grande participação no nosso comércio agrícola e no fornecimento de produtos petroquímicos”, explicou Paulo Alexandre.
“Por meio da diplomacia parlamentar, vamos construir uma pauta que contribua para um maior adensamento dessas relações”, adiantou em resposta ao convite formulado pelo vice-ministro iraniano, para a realização de uma missão da CREDN a Teerã.
A corrente de comércio bilateral, nos últimos anos, fez do Irã o 5º maior comprador do agronegócio brasileiro, um dos principais superávits do Brasil (US$ 1,8 bilhões em 2021 e US$ 4,3 bilhões em 2022) e o maior mercado do Oriente Médio para os produtos brasileiros.
O Embaixador do Irã no Brasil, Houssein Gharibi, e o futuro Embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Ricardo Gradilone Neto, que assumirá o cargo neste mês, também participaram do encontro.
Assessoria de Imprensa - CREDN