Impacto da Operação Carne Fraca no comércio exterior será tema de audiência na CREDN
Terceiro maior produto de exploração do Brasil, atrás da soja e do minério de ferro, as carnes brasileiras conquistaram o mundo, tornando-se sinônimo de qualidade em mais de 150 países. Entretanto, no dia 17 de março de 2017 a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, ocasionando desconfiança do mercado internacional aos produtos cárneos brasileiros e fazendo com que alguns países estabelecessem restrições e outros determinassem inspeções de 100% da carne.
No ano passado, as exportações brasileiras em relação a carne somaram mais de U$ 14 bilhões (R$ 43 bilhões). “Dessa forma, fica clara a importância e a rentabilidade do agronegócio para o Brasil e a necessidade de medidas imediatas para contornarem essa situação”, afirmou. No entanto, recentemente, os Estados Unidos surpreenderam ao suspender as importações de carne in natura brasileira e um dos motivos que influenciaram a decisão norte-americana teria sido a vacina contra a febre aftosa aplicada nos animais, o que poderia ter deixado resíduos na carne brasileira e gerado abcessos. Vale ressaltar que o Brasil demorou 17 anos para acessar o mercado dos Estados Unidos.
“De acordo com dados do ministério da Agricultura, de janeiro a maio o Brasil exportou para os Estados Unidos US$ 49 milhões, e a previsão era de US$ 100 milhões até o fim do ano. Eles representaram, até maio, 2,79% das vendas de carne brasileira in natura para o mundo. Diante disso, é importante ouvir as autoridades envolvidas para tecermos ações para derrubar essa suspensão que pode desencadear outros vetos internacionais, bem como delimitar os impactos gerados ao nosso comércio exterior”, explicou Pedro Fernandes.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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