Filipe Barros critica posição do Brasil alinhada com o Irã

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, a destruição do Programa Nuclear iraniano era desejada pela Europa e Liga Árabe.
23/06/2025 09h18

Alan Santos

Filipe Barros critica posição do Brasil alinhada com o Irã

Oriente Médio

Brasília – O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), deputado Filipe Barros (PL/PR) criticou neste domingo, 22, a posição do Brasil alinhada com o Irã, em nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores. De acordo com o deputado, “a destruição do Programa Nuclear iraniano era desejada por boa parte do mundo, principalmente pela Europa e a Liga Árabe”.

Enquanto a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, exortava as partes – EUA, Israel e Irã – para que retornassem à mesa de negociações, após o ataque norte-americano contra três usinas nucleares iranianas, o Brasil condenava Israel e EUA por, supostamente, violarem a soberania iraniana. Por outro lado, a Liga Árabe preferiu não se pronunciar.

“O mundo todo sabe que Israel está fazendo o serviço sujo, desejado pelos europeus e árabes, ao destruir as capacidades do Irã de desenvolver uma arma de destruição em massa. Os EUA chamaram Teerã para o diálogo e percebeu a má-fé do regime. O ataque de sábado, foi um ato corajoso e necessário”, explicou.

Para o deputado, “o Brasil atual tem sido muito diligente quando é para condenar Israel e os EUA, mas extremamente omisso quando o assunto é reconhecer como terroristas, organizações financiadas pelo Irã, além do próprio regime que defende publicamente a destruição do Estado de Israel”. Na sua avaliação, “é lamentável esta postura, que rompe com uma tradição de elevada neutralidade, quando a nossa política externa ainda não havia sido capturada por um partido e por uma ideologia”.

O deputado reiterou que, na próxima reunião deliberativa da CREDN, pautará uma Moção de Apoio e Solidariedade com Israel e o seu direito de existir. Além disso, Filipe Barros apresentou requerimento para que seja realizada audiência pública sobre as denúncias de sumiço de urânio do Brasil.

Assessoria de Imprensa – CREDN