Os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e Emanuel Fernandes (PSDB-SP) subscreveram os requerimentos. Além de Gabrielli, o ex-diretor internacional da empresa, Nestor Cerveró, e Alberto Feilhaber, ex-funcionário da Petrobras, também terão de prestar contas à CREDN.

De acordo com Duarte Nogueira, “o ex-presidente da Petrobras disse publicamente que a presidente Dilma Rousseff não pode fugir de sua responsabilidade pela decisão, pois ela participou da reunião que decidiu pela compra da refinaria”. Nogueira explicou que “a compra da refinaria provocou um enorme prejuízo à empresa brasileira, que é um patrimônio nacional e a opinião pública espera respostas”.

Para Emanuel Fernandes, “cada vez que um dirigente da Petrobras fala a respeito dessa operação, em vez de esclarecimentos, geram mais questionamentos. Precisamos saber de uma vez o custo dessa aquisição e o tamanho do prejuízo causado”, afirmou.

Na avaliação de Rubens Bueno, “tais revelações tornam-se extremamente graves na medida em que apontam para indícios de prejuízos vultuosos, da casa do bilhão de dólares, para os cofres da Petrobras, para o erário e para a própria estabilidade econômica do país”.

O presidente da CREDN, Eduardo Barbosa (PSDB-MG), informou que a audiência será realizada o quanto antes, pois o tema é urgente e a sociedade cobra um posicionamento firme dos deputados.

Fazenda

Em outro requerimento aprovado, de autoria do deputado Claudio Cajado (DEM-BA), serão convidados o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Advogado-Geral da União, Luís Adams, para prestarem esclarecimentos acerca dos respectivos envolvimentos na elaboração da Ata da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que deliberou sobre a aquisição da refinaria de Pasadena.

Segundo ele, “a direção executiva da estatal teria omitido de seu Conselho de Administração, em 2006, presidido à época pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, as cláusulas Marlim e “Put Option” do contrato com a belga Astra Oil. Estas cláusulas garantiriam, respectivamente, uma rentabilidade de 6,9% ao ano aos belgas, independentemente do resultado da refinaria, e a obrigação de a Petrobras adquirir os outros 50% desta, em caso de desentendimento entre os sócios”.

Na sua avaliação, “trata-se de uma operação nebulosa que, em última instância, causou grande prejuízo à Petrobras e aos seus acionistas, colocando aquela que já foi considerada a 12ª maior empresa do mundo na atual desconfortável 120ª posição”.

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