EUA reduzirão prazo para emissão de vistos para os brasileiros
Brasília – Os EUA reduzirão o prazo para a emissão de vistos para os brasileiros com o reforço nas equipes consulares. A garantia foi dada nesta terça-feira, 11, pela Embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Begley, em reunião com o presidente da CREDN, deputado Paulo Alexandre (PSDB-SP).
O deputado informou que a Comissão realizará, em breve, audiência pública para discutir a decisão adotada pelo governo brasileiro, de exigir vistos dos norte-americanos para o ingresso no país. A medida entrará em vigor no dia 1º de outubro e vale, também, para australianos, japoneses e canadenses.
Na avaliação de Paulo Alexandre, “o princípio da reciprocidade, não se aplica, uma vez que os EUA lidam com uma realidade totalmente diferente da realidade brasileira. Além disso, a medida é anti-econômica, pois afastará os turistas que desejam visitar o Brasil”, afirmou.
Elizabeth Begley explicou que os dois anos de pandemia represaram o trabalho dos consulados, mas que o Departamento de Estado trabalha para reforçar as equipes e reduzir os prazos que, em alguns casos, chega a um ano, para a emissão dos vistos.
Ela também reconheceu que a medida adotada pelo Brasil, de exigir vistos dos norte-americanos, “irá desencorajar muitos dos nossos nacionais a virem para o Brasil, o que afetará diretamente o turismo no país”. A demora, no entanto, atinge principalmente aqueles que nunca viajaram para os EUA. Em geral, a renovação dos vistos tem validade de dez anos e sai em poucas semanas.
Comércio
Paulo Alexandre e Elizabeth Begley conversaram, também, sobre a importância de uma missão parlamentar ir a Washington para retomar o diálogo legislativo entre os dois países. A ideia é construir uma agenda que incluirá temas como democracia e mudanças climáticas.
Em relação ao comércio e aos investimentos, o Brasi tem especial interesse na negociação de um acordo para eliminar a dupla tributação, além de aprofundar as regras em temas não tarifários, desburocratização das operações de exportação e importação, e a renovação do Sistema Geral de Preferências dos EUA.
“Os dois países representam as principais democracias do Hemisfério Ocidental. É natural que as relações, já históricas e tradicionais, sejam fortalecidas e ampliadas. E, neste momento, em que o Brasil busca reposicionar-se no mundo, devemos resgatar o diálogo parlamentar e trabalhar para fazer desta, uma relação cada vez melhor”, explicou o deputado.
Assessoria de Imprensa - CREDN