Especialistas afirmam que terroristas se fortalecem com o uso da tecnologia
Como debatedores, participaram o General de Divisão Paulo Sérgio Melo de Carvalho, Diretor de Relações Institucionais da Rede ANSP de São Paulo; Jorge Mascarenhas Lasmar, professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Marcus Vinícius Reis, Coordenador-Geral de Defesa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; e Gills Vilar, professor da Universidade Federal de Rondônia.
Na avaliação de Gills Vilar, após os atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, grupos terroristas passaram a usar a tecnologia por meio das redes sociais para disseminar ideologias, o que exige cada vez mais o fortalecimento dos órgãos de inteligência, inclusive brasileiros.
Já o professor Jorge Mascarenhas Lasmar apontou que o ciberterrorismo é “o uso politicamente motivado de computadores por usuários dispostos a propagar a violência para influenciar decisões”. Ele afirmou que os terroristas utilizam a internet para recrutamento e propaganda e insistiu que o Brasil não está imune às ameaças representadas por este fenômeno.
“Não adianta mais combater só com fuzil. Precisamos também combater (o terrorismo) com os recursos da cibernética”, defendeu Paulo Sérgio Melo de Carvalho, para quem o uso da tecnologia pelos grupos terroristas exigiu a adaptação das ações militares. Para ele, é preciso que haja uma maior cooperação entre as entidades privadas e estatais para que o terrorismo seja neutralizado.
Marcus Reis, por sua vez, assinalou que a tecnologia permite uma maior descentralização das células terroristas e que até a questão da soberania precisa ser repensada, em função da ausência de limites para o tráfego das informações terroristas. Ele admitiu ser “impossível prever todos os ataques”, mas ressaltou que a inteligência é essencial na luta contra o terror, principalmente na prevenção.
De acordo com Bruna Furlan, “este é um dos principais desafios para todo o mundo. Não há país ou região que esteja fora do radar dessas organizações, o que exige o aprofundamento da cooperação em todos os níveis, especialmente na Inteligência. Os Estados precisam estar pelo menos um passo à frente para que o combate ao terrorismo seja efetivo”, concluiu.
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