Embaixadora da Venezuela pede que a CREDN retome as discussões sobre a crise no país
Brasília - A Embaixadora Encarregada da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandria, reuniu-se nesta quarta-feira, 25, com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), a quem pediu que retome as discussões sobre a grave crise política que enfrenta o seu país e o seu impacto regional.
Ao elogiar a Operação Acolhida, coordenada desde 2018, pelo Exército Brasileiro, ela afirmou que “se há uma operação, é porque há uma grave crise política na Venezuela. Há uma ditadura, um regime criminoso à frente do governo”. Para ela, “é importante destacarmos a operação, mas não podemos nunca esquecer a causa”, disse.
Ela destacou, ainda, que há ao menos 300 presos políticos no país “que é governado por gente imputada pela Corte Penal Internacional”, acrescentou. Belandria considera o momento político extremamente oportuno para se retomar as discussões em torno da Venezuela. “Não se trata de discutir questões ideológicas, mas de entender que, hoje, a Venezuela é uma ameaça concreta para a segurança regional”, apontou.
Pedro Vilela deverá visitar Roraima para conhecer a Operação Acolhida e medir a temperatura da situação. “Vamos conversar com todos aqueles que fizeram dessa operação, um modelo no qual a própria ONU tem se espelhado. Além disso, vamos discutir as questões mais sensíveis que dizem respeito às ameaças impostas por essa crise”, assegurou.
De acordo com as Nações Unidas, cerca de 5 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela nos últimos cinco anos e o Brasil seria o quinto destino procurado por eles. Pelo menos 70 mil foram interiorizados no Brasil, incluindo 7 mil indígenas. Desde o início da crise, cerca de 350 mil venezuelanos passaram pelo país em busca de melhores condições de vida.
Assessoria de Imprensa - CREDN