Embaixador do México defende aprofundamento das relações com o Brasil
A deputada manifestou preocupação com as questões migratórias, especialmente em relação à experiência mexicana e o novo governo norte-americano. “Migrar é da natureza humana e o mundo cobra a construção de pontes e não de muros”, reiterou Furlan. Ela recordou ainda que a própria economia dos Estados Unidos fortemente dependente dos mexicanos.
Arriola também assinalou que os Estados Unidos precisam assumir compromissos com a redução da demanda por drogas como forma de contribuir para o estancamento da violência, além de adotarem medidas que impeçam que armas norte-americanas ingressem em território mexicano. Ele revelou que esses e outros temas serão tratados à margem da Cúpula do G-20, em Hamburgo, entre os presidentes Enrique Peña Nieto e Donald Trump.
O embaixador mexicano defendeu ainda que Brasil e México, com o apoio da Argentina, liderem os movimentos em relação a novas políticas voltadas para o Haiti, país mais pobre do continente. Na sua avaliação, há muito para ser feito em termos de desenvolvimento e o fim da MINUSTAH, em outubro, cobra mais cooperação regional em relação àquele país.
Ele também manifestou interesse na reinstalação do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil – México como forma de se explorar melhor o potencial bilateral em todas as áreas, inclusive o comércio. Além disso, entende que deveria haver uma maior aproximação entre a Cidade do México e São Paulo, as maiores cidades latino-americanas.
Bruna Furlan comprometeu-se a retomar o grupo parlamentar em agosto e a trabalhar pela ratificação na Câmara e no Senado, dos acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos e de Serviços Aéreos, firmados no ano passado por Brasil e México e já aprovados na CREDN. Os dois textos se encontram prontos para deliberação pelo Plenário da Câmara.
“Esses dois instrumentos tornarão ainda mais fortes as relações entre o Brasil e o México. Além disso, no âmbito do MERCOSUL, estamos buscando uma aproximação firme e objetiva com a Aliança do Pacífico e o México tem total interesse neste projeto”, revelou a deputada.
A presidente da CREDN lembrou ainda que no final de maio, os ministros de Relações Exteriores do Brasil e do México, Aloysio Nunes Ferreira e Luis Videgaray Caso, se reuniram em Washington (EUA), à margem da reunião de chanceleres da Cúpula da Organização dos Estados Americanos (OEA). Na oportunidade, foram tratados temas como o aprofundamento do Acordo de Complementação Econômica (ACE 53), atualmente em negociação entre os dois países.
Também destacou que o BNDES financia o projeto "Etileno XXI", que prevê a instalação de um polo petroquímico no estado de Veracruz, com um custo estimado em US$ 4,7 bilhões, constituindo-se no maior investimento brasileiro no México. Além disso, o BNDES também financiou a aquisição de 10 aeronaves EMBRAER 190 pela empresa privada Aeroméxico, maior companhia aérea do país (US$ 282,8 milhões). O valor desse crédito já foi completamente desembolsado e as aeronaves foram entregues à empresa mexicana.
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